A cantora Angela Ro Ro, conhecida por sua voz potente e sucessos como “Geni e o Zepelim”, faleceu aos 79 anos no Rio de Janeiro, em 9 de janeiro. Sua morte, confirmada pela equipe que a administrava, encerra uma carreira repleta de altos e baixos, tanto na esfera artística quanto na pessoal. Nos últimos meses, a artista vivia uma situação financeira delicada, com um ganho mensal de cerca de R$ 800, e recebia cuidados de uma ex-namorada, com quem mantinha uma relação complexa e recheada de desentendimentos, mas que se manteve ao seu lado diante das adversidades. A notícia de seu falecimento gerou comoção no meio artístico e entre seus fãs, que relembram a força e a autenticidade de sua obra. O velório e a cerimônia de cremação ocorreram no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, onde amigos, familiares e admiradores se despediram da eterna rainha do blues brasileiro. A cantora enfrentou diversas batalhas em sua vida, incluindo problemas de saúde e disputas financeiras, o que a levou a ter dificuldades em manter sua estabilidade. Em entrevistas passadas, Angela Ro Ro já havia revelado episódios de abandono por parte de pessoas próximas em momentos de necessidade, como quando precisava usar orelhões para pedir ajuda financeira. Essas declarações expuseram a vulnerabilidade da artista por trás de sua personalidade forte e decidida. O legado de Angela Ro Ro transcende suas canções; ela foi uma artista que ousou em tempos difíceis, abrindo caminhos para outras mulheres na música e abordando temas considerados tabu. Sua obra permanece viva, inspirando novas gerações a expressarem suas emoções e a lutarem por seus ideais, consolidando-a como um ícone da música popular brasileira.