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Alexandre de Moraes repreende advogado em audiência da trama golpista no STF

O ministro Alexandre de Moraes, atuante no Supremo Tribunal Federal (STF), teve um momento de repreensão a um advogado durante uma audiência crucial. A sessão, focada nas investigações sobre a trama golpista, viu o ministro impor silêncio ao profissional, declarando: “Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”. Essa intervenção demonstra a firmeza com que o STF tem conduzido os processos relacionados aos ataques à democracia brasileira e aos responsáveis por tentar desestabilizar as instituições democráticas do país, gerando um ambiente de tensão e rigor nas sessões que apuram a responsabilidade dos envolvidos nos atos antidemocráticos que culminaram com a tentativa de invertida no pleito eleitoral de 2022.

No curso das investigações, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, reafirmou suas declarações sobre a discussão de uma minuta com teor golpista. Segundo o conteúdo de suas falas, a referida minuta teria sido debatida ainda no Planalto, indicando um planejamento concreto para a desestabilização do governo eleito e a manutenção indevida do poder. Essa confirmação de Cid adiciona elementos relevantes ao inquérito, pois corrobora depoimentos anteriores e aponta para um círculo próximo ao ex-presidente na elaboração de planos para subverter a ordem democrática, cujas consequências estão sendo minuciosamente investigadas pelo judiciário.

Em complemento às suas declarações, Mauro Cid negou que Filipe Martins, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, tenha viajado aos Estados Unidos em companhia de Jair Bolsonaro, como especulado em alguns círculos. Essa negação pode ter implicações significativas para a linha de defesa de Martins e para a compreensão das conexões internacionais e movimentações de figuras-chave no período pré e pós-eleições. A investigação busca desvendar a extensão da rede de apoio e participação em possíveis articulações para reverter o resultado eleitoral.

O processo também prevê o depoimento de ex-comandantes das Forças Armadas nesta terça-feira. A oitiva desses militares é considerada de alta relevância para a apuração dos fatos, especialmente no que diz respeito à atuação das Forças Armadas e à sua possível participação ou conhecimento das tramas golpistas. O STF busca esclarecer se houve omissão, conivência ou participação ativa de membros da cúpula militar em planos para impedir a posse do atual presidente, consolidando a justiça e a responsabilização de todos os envolvidos, independentemente de suas posições.