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Alexandre de Moraes declarado persona non grata em BH, mas impacto é limitado

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou nesta terça-feira (23) uma moção que declara o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como persona non grata na cidade. A proposta, de autoria do vereador Wilsinho Freire (PP), foi aprovada por 27 votos a 10. A decisão surge em meio a tensões políticas e debates sobre a atuação do STF em relação a manifestações e processos que envolvem figuras públicas. Apesar da aprovação da moção, o impacto prático da declaração de persona non grata é considerado baixo, uma vez que o status não impede a circulação ou a atuação do ministro em território nacional. A medida é mais simbólica e reflete o posicionamento político da maioria dos vereadores da casa. A sessão foi marcada por debates acalorados entre parlamentares de diferentes espectros ideológicos, com críticas e defesas à atuação do ministro e do STF. A votação ocorreu após dias de discussões sobre o papel do Poder Judiciário no cenário político brasileiro. A estratégia de declarar autoridades como persona non grata tem sido utilizada em diferentes parlamentos e câmaras municipais como forma de expressar descontentamento ou discordância com determinadas políticas ou ações, embora sua eficácia legal seja limitada. O cenário político em Belo Horizonte tem sido palco de manifestações e contramanifestações, refletindo a polarização do país. A aprovação da moção contra Alexandre de Moraes se insere nesse contexto, gerando repercussão e alimentando o debate público sobre a separação dos poderes e a liberdade de expressão. Enquanto alguns vereadores defenderam a medida como um importante sinal de resistência democrática, outros a criticaram como um ato desnecessário e que pode prejudicar a imagem da cidade, além de desviar o foco dos problemas reais enfrentados pela população. A decisão da Câmara de BH adiciona um novo capítulo à complexa relação entre o poder judiciário e o legislativo em nível municipal, evidenciando as divisões políticas que permeiam o cotidiano e as discussões nas instâncias de representação popular.