A cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo, confirmou o segundo caso de meningite bacteriana após o trágico falecimento de uma menina, e ainda investiga uma terceira suspeita em uma criança. A notícia de mais um caso em um menino de 2 anos, frequentador de uma creche municipal, eleva a preocupação na região, que já registra cerca de 50 casos e mortes na Baixada Santista, com destaque para cidades como Santos. A meningite bacteriana é uma infecção grave das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo levar a complicações sérias e até mesmo à morte se não tratada precocemente. Os principais agentes causadores são as bactérias Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Neisseria meningitidis (meningococo) e Haemophilus influenzae tipo b (Hib). A transmissão ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias liberadas pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas, e o período de incubação pode variar de 2 a 10 dias. Os sintomas iniciais costumam ser semelhantes aos de uma gripe forte, como febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz. Em casos mais graves, podem surgir manchas vermelhas na pele, confusão mental e convulsões, exigindo atendimento médico imediato. Por conta do aumento expressivo de casos, a cidade de Santos também intensificou as orientações à população sobre os sintomas da doença e a importância da vacinação. As vacinas disponíveis no calendário nacional são a Pneumocócica 10 valente, que protege contra o pneumococo, e a Menigos c conjugada, contra o meningococo C, ambas eficazes na prevenção de formas graves da meningite. A Secretaria de Saúde de Praia Grande está mobilizada para investigar a origem dos casos e reforçar as medidas de prevenção e controle, incluindo a monitorização de contatos próximos aos pacientes confirmados. A conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e da busca por atendimento médico em caso de suspeita é fundamental para o controle da disseminação da doença e a redução da mortalidade infantil. Autoridades alertam para a necessidade de manter a higiene pessoal, como a lavagem frequente das mãos, e evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, como creches e escolas, durante os surtos.