Alcolumbre critica Eduardo Bolsonaro e tarifas dos EUA, defendendo o Brasil
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, manifestou forte descontentamento com as ações e discursos de Eduardo Bolsonaro durante sua visita aos Estados Unidos. Segundo Alcolumbre, o deputado tem atuado para instigar o governo americano contra o Brasil, uma postura que, na visão do senador, prejudica os interesses nacionais. Essa crítica surge em um contexto de tensões comerciais e diplomáticas, onde as tarifas impostas pelos EUA são apontadas como um obstáculo ao crescimento econômico brasileiro, impactando diretamente setores importantes como o agronegócio e a indústria.
Em declarações à imprensa, Alcolumbre enfatizou que o discurso de Eduardo Bolsonaro nos EUA não representa a posição oficial do governo brasileiro e que medidas precisam ser tomadas para conter esse tipo de iniciativa individual que pode ter repercussões negativas. O presidente do Senado indicou que o Brasil busca manter relações comerciais equilibradas com seus parceiros internacionais, e que ações contrárias a essa diplomacia criam um ambiente de instabilidade. Ele também comentou sobre a necessidade de um “freio de arrumação” no Senado, sugerindo que há um excesso de projetos e iniciativas que precisam de uma avaliação mais criteriosa.
A polêmica gerada pelas falas de Eduardo Bolsonaro nos EUA, onde ele teria feito declarações contrárias à imagem internacional do Brasil, levou Alcolumbre a convocar uma reunião com senadores para discutir o tema e alinhar as pautas do legislativo. A intenção é evitar que ações isoladas comprometam a diplomacia e os acordos comerciais que o Brasil busca firmar. A crítica de Alcolumbre ressalta a complexidade da política externa brasileira e a dificuldade em gerenciar diferentes visões dentro do próprio espectro governamental.
Nos bastidores do Senado, a declaração de Alcolumbre ecoou como um sinal de alerta para possíveis reajustes na articulação política e na comunicação externa do país. O senador também fez menção a episódios de anistia e obstrução legislativa, indicando um cenário de desafios na condução dos trabalhos no Congresso. A busca por uma maior coesão e objetivos claros parece ser a tônica, com a esperança de encontrar uma “espinha dorsal” que organize as prioridades e fortalecça o papel do Senado na representação dos interesses brasileiros.