Alckmin minimiza impacto do tarifaço sobre o agronegócio e garante intenção de reduzir impostos
O vice-presidente Geraldo Alckmin procurou tranquilizar o setor do agronegócio brasileiro diante das recentes imposições tarifárias praticadas pelos Estados Unidos, assegurando que o cenário não é de crise terminal. Ao declarar que “o país tem destino para café e carne”, Alckmin sinaliza a resiliência e a força dos produtos brasileiros no mercado internacional, sugerindo que outros compradores absorverão a produção mesmo diante de barreiras temporárias. Essa perspectiva busca mitigar as preocupações de produtores e exportadores que veem suas margens ameaçadas por impostos adicionais. A estratégia governamental, conforme as declarações no UOL Economia, Valor Econômico e VEJA, é manter o curso de redução de tarifas e expandir a lista de produtos com isenções, reafirmando o compromisso com a competitividade do agro brasileiro no cenário global.
Em paralelo, a notícia traz um contraponto importante com a visão de economistas, como a citada pela Agência Brasil, que aponta a ineficácia do tarifaço até mesmo para os americanos. Essa análise sugere que as tarifas punitivas, em vez de fortalecer a economia doméstica do país que as impõe, podem gerar efeitos colaterais negativos, como aumento de custos para consumidores e empresas que utilizam insumos importados. A crítica de um economista de Harvard lança luz sobre a complexidade das guerras comerciais e a possibilidade de medidas protecionistas surtirem o efeito oposto ao desejado, prejudicando mais o próprio país do que os alvos das tarifas.
Nesse contexto, o governo brasileiro, como noticiado pela CNN Brasil, foca em fornecer suporte direcionado aos exportadores que sofrem perdas mais significativas, especificamente aquelas que ultrapassam 5% de seu faturamento. Essa abordagem seletiva demonstra uma tentativa de gerenciar a crise de forma pragmática, priorizando os agentes econômicos mais vulneráveis e buscando evitar um colapso generalizado no setor. A definição de um percentual de perda como critério para o auxílio indica uma análise cuidadosa dos impactos reais das tarifas sobre as empresas brasileiras e um esforço para otimizar a alocação de recursos de apoio governamental.
A estratégia abrange não apenas a resposta às tarifas americanas, mas também uma visão de longo prazo para o agronegócio brasileiro. A manutenção da política de redução de impostos e ampliação de exceções visa fortalecer a posição competitiva das commodities nacionais no mercado mundial, independentemente das variações conjunturais. A dependência de acordos bilaterais e a busca por novos mercados são essenciais para diluir os riscos associados a políticas protecionistas de grandes economias. Ao defender a continuidade da política de desoneração, o governo Alckmin sinaliza otimismo e a crença na capacidade de adaptação e crescimento do setor agroexportador brasileiro, mesmo em um ambiente internacional desafiador.