Agosto desponta como um mês de apreensão acentuada para a economia brasileira. Navegando em águas turbulentas, o país se vê diante da iminência de um possível tarifaço por parte dos Estados Unidos, uma medida que historicamente gera ondas de instabilidade nos mercados globais e, em particular, nos países emergentes. Essa ameaça externa se soma a um cenário interno já complexo, marcado pela manutenção de taxas de juros elevadas. A Fitch Ratings, renomada agência de classificação de risco, já emitiu um alerta significativo ao afirmar que o peso dos juros altos na economia brasileira supera a preocupação com as tarifas comerciais impostas pelo governo americano. Essa análise sugere que os mecanismos de política monetária doméstica ostentam um poder de impacto mais contundente no curto e médio prazo, afetando diretamente o custo do crédito, o investimento e o consumo no país.