Aeroporto do Galeão passa por reestruturação com novo leilão e saída da Infraero
O Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, está no centro de uma importante reestruturação que prevê um novo leilão do terminal e a saída da Infraero da sua administração. O governo federal busca com essa medida fortalecer a infraestrutura aeroportuária nacional, alinhando-a a padrões internacionais de eficiência e competitividade. A expectativa é que o aeroporto possa alcançar um volume de 30 milhões de passageiros anualmente em um período de três anos, o que demonstra o otimismo em relação à sua recuperação e desenvolvimento futuro. Essa nova fase visa atrair investimentos e modernizar as operações, preparando o Galeão para os desafios logísticos e de mobilidade do século XXI.
A assinatura do termo de ajuste de contrato de concessão consolida os passos para esse novo cenário. A saída da Infraero da gestão direta do aeroporto representa uma mudança significativa no modelo operacional. A Infraero, empresa pública tradicionalmente responsável pela gestão de aeroportos brasileiros, vem passando por um processo de enxugamento e reorientação estratégica, com a concessão de diversos terminais para a iniciativa privada. Essa tendência busca trazer novas dinâmicas de gestão, mais focadas em resultados e na experiência do usuário, além de otimizar a alocação de recursos públicos em outras áreas essenciais.
Em paralelo a essas discussões sobre a infraestrutura aeroportuária, o Ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, fez declarações contundentes sobre a percepção e o tratamento dado ao Rio de Janeiro, afirmando que houve tentativas de reduzir o estado a um mero “balneário de quinta”. Essa crítica reflete uma visão de que nem sempre o potencial turístico, cultural e econômico do Rio de Janeiro é devidamente valorizado e protegido, sendo alvo de visões limitadas ou depreciativas. A relação entre a infraestrutura aeroportuária e o desenvolvimento do turismo e da economia local é intrínseca, e a modernização do Galeão pode ser vista como um passo para contrariar essa visão negativa e reafirmar a importância do Rio de Janeiro em diversos setores.
A perspectiva de que o Galeão alcance 30 milhões de passageiros em breve é ambiciosa e condizente com o potencial turístico e de negócios da cidade e do estado. Para atingir essa meta, serão necessários investimentos contínuos em ampliação de capacidade, modernização de instalações, melhoria da conectividade e otimização dos processos de embarque e desembarque. A colaboração entre o setor público e privado, através de concessões e parcerias, é fundamental para viabilizar esses avanços e garantir que o Galeão se torne um hub internacional eficiente e um cartão de visitas à altura do Rio de Janeiro, combatendo assim as narrativas que tentam diminuir o seu protagonismo.