Acordo em Washington: Trump desiste de controle da polícia após ação judicial
A capital dos Estados Unidos buscou na justiça impedir que o governo federal, sob o comando de Donald Trump, assumisse o controle da polícia local. A ação judicial, movida pelo governo de Washington D.C., visava barrar o que as autoridades da cidade descreveram como uma tentativa de politização das forças de segurança e o uso de tropas federais de forma indevida em protestos e manifestações realizados na cidade. A tensão escalou após a resposta do governo federal a protestos no verão de 2020, onde carros de segurança federal e tropas da Guarda Nacional foram mobilizados, levantando sérias preocupações sobre a autonomia policial e os direitos civis dos manifestantes. O embate judicial expôs as profundas divisões sobre o papel das forças federais e de segurança em contextos de instabilidade social e política dentro de uma cidade autônoma. O acordo assinado entre as partes marca um momento crucial no fim do mandato de Trump, evitando uma escalada ainda maior na disputa pela autoridade sobre a segurança pública em um dos centros políticos mais importantes do mundo. A retirada da tentativa de controle federal pelo governo Trump, confirmada posteriormente, permitiu que o chefe de polícia de Washington, Peter Newsham, permanecesse em seu cargo, assegurando a continuidade operacional da força policial da cidade e o respeito à sua autonomia administrativa. A decisão do governo Trump de recuar e manter Newsham no cargo, além de honrar os termos do acordo, evitou novas contestações legais e consolidou a posição da cidade em defender sua soberania policial. O caso levantou debates sobre a relação entre o governo federal e as administrações locais, especialmente em relação ao uso de recursos federais e à interferência em assuntos de segurança pública que são, em sua maioria, de responsabilidade estadual e municipal, ou distrital, no caso específico de Washington D.C. A inclusão da Guarda da Virgínia Ocidental nas operações de repressão ao crime em Washington, sob a égide do governo Trump, exemplificou a estratégia mais ampla de uso de forças estaduais e federais em paralelo, o que gerou ainda mais questionamentos sobre a linha tênue entre a manutenção da ordem e a supressão de direitos. O acordo final significa que o controle e a gestão da Polícia Metropolitana de Washington permanecerão sob a alçada das autoridades civis da cidade, sem interferência direta do Departamento de Justiça ou de outras agências federais, como inicialmente havia sido proposto.