O mês de outubro promete ser um período interessante para investidores focados em renda passiva e valorização patrimonial na Bolsa de Valores brasileira. A conjunção de fatores macroeconômicos, como a perspectiva de redução nas taxas de juros, tanto no âmbito internacional quanto no doméstico, cria um ambiente favorável para o mercado acionário. Essa conjuntura tende a impulsionar o desempenho de empresas cujas ações apresentam valuation atrativo, tornando-as mais acessíveis e com maior potencial de retorno. A B3, a bolsa brasileira, se beneficia diretamente desse cenário otimista, com analistas revendo suas projeções e indicando setores e papéis específicos para se ter em carteira.

Neste cenário, o setor financeiro, com destaque para bancos, figura entre os mais recomendados. O Itaú Unibanco (ITUB4), um gigante do setor financeiro brasileiro, reassume o protagonismo nas carteiras de outubro. Historicamente conhecido por sua solidez e capacidade de distribuir proventos, o Itaú tem sido uma escolha consistente para investidores que buscam dividendos. A retomada do topo nas recomendações não é surpresa, dado o histórico de gestão eficiente e a forte base de clientes que garante recurrentes receitas, mesmo em cenários de instabilidade econômica.

Contudo, a análise de mercado não se restringe a um único nome. Enquanto o Itaú lidera as apostas, outras ações também têm atraído a atenção dos especialistas por apresentarem um diferencial que pode superar os resultados anteriores, desafiando o chamado “tarifaço” em alguns setores. Essa observação sugere que pode haver oportunidades inesperadas, com empresas de menor perfil ganhando destaque devido a fatores específicos, como reestruturações internas, novos projetos promissores ou um posicionamento estratégico vantajoso no mercado. A busca por ações que ofereçam não apenas dividendos consistentes, mas também um potencial de valorização significativo, é uma tônica entre os analistas neste mês.

As carteiras recomendadas para outubro elaboradas por consultorias financeiras e corretoras indicam um foco em empresas com bom histórico de pagamento de dividendos e que estejam bem posicionadas para se beneficiar das tendências econômicas atuais. A expectativa de cortes na taxa Selic, por exemplo, tende a tornar a renda variável uma opção mais atrativa em comparação com a renda fixa, incentivando um fluxo maior de capital para a bolsa. Além disso, a análise de relatórios de valuation por parte das casas de análise reforça a ideia de que há oportunidades de compra com margens de segurança consideráveis, o que é fundamental para a construção de um portfólio robusto e resiliente a longo prazo.