No capítulo de terça-feira (17) da aclamada novela A Viagem, os telespectadores foram confrontados com um dos momentos mais aguardados e perturbadores da trama: a aparição do espírito de Alexandre em seu próprio enterro. Este evento icônico, que ressurge nas reexibições da novela, mostra Alexandre, interpretado magistralmente por Guilherme Fontes, manifestando-se para aterrorizar seus familiares. A cena, carregada de tensão e sobrenaturalidade, é um ponto crucial na narrativa, solidificando a premissa de vingança do personagem, mesmo após sua morte. A capacidade da novela de explorar temas como vida após a morte e retribuição espiritual de forma tão envolvente é um dos pilares de seu sucesso duradouro. A Viagem, exibida originalmente em 1994, tornou-se um fenômeno cultural, impulsionando debates sobre espiritismo e a jornada da alma, e permanece relevante para novas gerações. A trama, criada por Ivani Ribeiro, é uma obra-prima que transcende o tempo, abordando questões complexas de forma acessível e cativante, desde a premonição da morte de Alexandre até sua consequente vingança contra aqueles que, em sua percepção, o levaram ao suicídio. A influência do espiritismo na obra é notável, com personagens como Alberto, que busca interceder junto ao espírito de Alexandre, refletindo a crença na comunicação entre vivos e mortos e na importância do perdão para a evolução espiritual. A novela não se limita a ser um folhetim; ela é uma rica tapeçaria de emoções, mistério e filosofia, que continua a fascinar e provocar reflexão, consolidando seu lugar como um clássico da teledramaturgia brasileira. As aparições de Alexandre, que culminam em sua vingança contra alguns personagens, como o trágico desfecho de Téo, são elementos que mantêm o público engajado e curioso sobre os rumos da história. A forma como a novela aborda as consequências das ações humanas, tanto em vida quanto após a morte, oferece uma perspectiva única sobre culpa, redenção e a interconexão entre o mundo material e o espiritual, fazendo de A Viagem uma experiência televisiva inesquecível e profundamente significativa, que ainda hoje, tantos anos depois de sua primeira exibição, consegue mobilizar milhões de telespectadores e amantes da dramaturgia.