O filme busca responder questões sobre como esses rituais e saberes se mantêm vivos em meio às transformações sociais e culturais. Pedro Mendes, puxador e benzedor da área urbana (à esquerda) e Reginaldo Cordeiro, benzedor quilombola do território de Boa Vista (à direita)
Divulgação
Com direção e roteiro da oriximinaense Beatriz Fernandes, o documentário “Puxadores e Benzedores: Saberes tradicionais em Oriximiná”, lançado em dezembro de 2024, mostra rituais de cura e proteção que vêm passando de geração à geração e moldando a identidade cultural da região amazônica. O curta realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo já está disponível na plataforma de vídeos Youtube.
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O documentário é baseado no livro “Pajés, Benzedores, Puxadores e Parteiras: os imprescindíveis sacerdotes do povo na Amazônia”, de Florêncio Almeida Vaz Filho, que foi professor de Beatriz na graduação no curso de Antropologia na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
A ideia do filme surgiu do interesse de Beatriz Fernandes, enquanto pesquisadora, de mostrar realidades amazônicas através do saber ancestral de mestres da tradição popular. A pesquisadora que teve sua primeira experiência na direção e roteiro de um produto audiovisual nesse documentário, já pensa em outros dois projetos do gênero: um voltado em documentar as benzedeiras e puxadoras, e outro, que aborde as relações dos jovens, hoje, com essas tradições, e como eles estão dando continuidade a esses legados de forma intergeracional.
Assista aqui o documentário
Segundo Beatriz, as histórias de Pedro Mendes, puxador e benzedor da área urbana, e Reginaldo Cordeiro, benzedor quilombola do território de Boa Vista, cujas práticas espirituais de puxar e benzer, fazem parte da vida cotidiana das comunidades locais, representam resistência cultural e transmissão de saberes e memórias.
Reginaldo Cordeiro benzendo uma criança no território quilombola Boa Vista, em Oriximiná
Divulgação
O puxador e benzedor Pedro Mendes, reside na área urbana de Oriximiná, onde é muito procurado pela população local e reconhecido por suas práticas de cura para diversos males. Já Reginaldo Cordeiro, é morador do território quilombola de Boa Vista, onde estabelece forte conexão entre espiritualidade e identidade quilombola.
As histórias dos dois mestres entrelaçam passado e presente, mostrando a relevância de tradições populares para o mundo contemporâneo.
De acordo com Beatriz, o documentário “Puxadores e Benzedores: Saberes tradicionais em Oriximiná” busca responder questões sobre como esses rituais e saberes se mantêm vivos em meio às transformações sociais e culturais. Além disso, ressalta a força das comunidades locais, o valor dos saberes tradicionais e a força da oralidade na manutenção de uma rica herança imaterial que precisa ser preservada.
Gravações do documentário Puxadores e Benzedores, em Oriximiná
Divulgação
A diretora e roteirista reforça que a oralidade é um dos pilares da manutenção dos saberes tradicionais, nesse sentido, o filme busca ser um instrumento para amplificar essas vozes e registrar o que muitas vezes é ignorado ou subestimado.
Atualmente, Beatriz Fernandes é mestranda no Programa de Cartografia Social e Política da Amazônia, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), onde desenvolve pesquisa direcionada a povos e populações tradicionais, no âmbito de problemas socioambientais relacionados aos grandes empreendimentos.
VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região
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Com direção e roteiro da oriximinaense Beatriz Fernandes, o documentário “Puxadores e Benzedores: Saberes tradicionais em Oriximiná”, lançado em dezembro de 2024, mostra rituais de cura e proteção que vêm passando de geração à geração e moldando a identidade cultural da região amazônica. O curta realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo já está disponível na plataforma de vídeos Youtube.
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O documentário é baseado no livro “Pajés, Benzedores, Puxadores e Parteiras: os imprescindíveis sacerdotes do povo na Amazônia”, de Florêncio Almeida Vaz Filho, que foi professor de Beatriz na graduação no curso de Antropologia na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
A ideia do filme surgiu do interesse de Beatriz Fernandes, enquanto pesquisadora, de mostrar realidades amazônicas através do saber ancestral de mestres da tradição popular. A pesquisadora que teve sua primeira experiência na direção e roteiro de um produto audiovisual nesse documentário, já pensa em outros dois projetos do gênero: um voltado em documentar as benzedeiras e puxadoras, e outro, que aborde as relações dos jovens, hoje, com essas tradições, e como eles estão dando continuidade a esses legados de forma intergeracional.
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Segundo Beatriz, as histórias de Pedro Mendes, puxador e benzedor da área urbana, e Reginaldo Cordeiro, benzedor quilombola do território de Boa Vista, cujas práticas espirituais de puxar e benzer, fazem parte da vida cotidiana das comunidades locais, representam resistência cultural e transmissão de saberes e memórias.
Reginaldo Cordeiro benzendo uma criança no território quilombola Boa Vista, em Oriximiná
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O puxador e benzedor Pedro Mendes, reside na área urbana de Oriximiná, onde é muito procurado pela população local e reconhecido por suas práticas de cura para diversos males. Já Reginaldo Cordeiro, é morador do território quilombola de Boa Vista, onde estabelece forte conexão entre espiritualidade e identidade quilombola.
As histórias dos dois mestres entrelaçam passado e presente, mostrando a relevância de tradições populares para o mundo contemporâneo.
De acordo com Beatriz, o documentário “Puxadores e Benzedores: Saberes tradicionais em Oriximiná” busca responder questões sobre como esses rituais e saberes se mantêm vivos em meio às transformações sociais e culturais. Além disso, ressalta a força das comunidades locais, o valor dos saberes tradicionais e a força da oralidade na manutenção de uma rica herança imaterial que precisa ser preservada.
Gravações do documentário Puxadores e Benzedores, em Oriximiná
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A diretora e roteirista reforça que a oralidade é um dos pilares da manutenção dos saberes tradicionais, nesse sentido, o filme busca ser um instrumento para amplificar essas vozes e registrar o que muitas vezes é ignorado ou subestimado.
Atualmente, Beatriz Fernandes é mestranda no Programa de Cartografia Social e Política da Amazônia, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), onde desenvolve pesquisa direcionada a povos e populações tradicionais, no âmbito de problemas socioambientais relacionados aos grandes empreendimentos.
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