Esposa suspeita de matar policial atirou à distância e apagou redes sociais antes pedir socorro, diz advogado

Tiro perfurou a aorta e os dois pulmões do agente, segundo o laudo da Pefoce. PM morto pela esposa teria pedido ajuda à filha para não morrer
Renata Iris de Souza Araújo Pinheiro, de 30 anos, presa por suspeita de matar o próprio marido, o policial militar Wagner Sandys Pinheiro de Lima, de 37 anos, em Fortaleza, atirou a distância e apagou as redes sociais dela antes de chamar socorro para o agente, conforme relatado pelo advogado Samir David, em entrevista à TV Verdes Mares, nesta terça-feira (7).
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“Eles moravam no andar superior, lá tem uma escada, então possivelmente ela subiu, encontrou ele sentado ou dormindo e efetuou o disparo. Sendo que o sofá estaria mais para frente e foi arrastado até a parede. Tudo isso demonstra a frieza dela, que após o disparo ela foi apagar o Facebook e o Instagram, também não chamou o socorro de imediato”, disse Samir David, que representa a família do militar.
Em depoimento, Renata disse à polícia que no dia do crime teve uma briga com Sandys motivada por ciúmes, após ela descobrir uma traição. Durante o desentendimento, o marido teria sacado a arma e a ameaçado. Porém, em um momento de distração, ela pegou a arma que estava na perna dele e atirou em legítima defesa.
Para o advogado da família da vítima, elementos comprovam que a versão dada por Renata não tem fundamento. Além disso, não havia indícios de luta corporal na casa.
Policial militar morto em Fortaleza estava há 10 anos com a esposa que é suspeita do crime.
Arquivo pessoal
“A senhora Renata seria CAC [com registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador], praticante de muay thai, jiu-jítsu, então seria muito difícil a defesa dele”, falou Samir.
O crime aconteceu na frente da filha do casal, de 8 anos, a quem o policial pediu ajuda antes de morrer.
“A criança teria presenciado o crime e o policial teria pedido a própria filha para não morrer. […] E foi a própria filha que atendeu a composição dos policiais que chegaram no momento”, relatou o advogado.
Segundo o laudo da Perícia Forense, Wagner Sandys foi atingido por um tiro atrás do ombro esquerdo, que saiu abaixo da costela.
“Foi somente um disparo, que perfurou a aorta e os dois pulmões. Ele morreu por choque hipovolêmico. Isso quer dizer que na posição que ele foi encontrado, ele estava dormindo ou no mínimo ele estava sentado e a Renata deu um tiro de cima para baixo, fazendo a trajetória diagonal”, afirmou o advogado.
A defesa de Renata não foi localizada. Ela e o agente estavam juntos há 10 anos e tinham uma filha.
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Prisão preventiva
Renata teve a prisão preventiva decretada pela morte do próprio marido, que era policial militar.
Reprodução
Um dia após ser presa, Renata passou por uma audiência de custódia, ocasião em que teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará, ela encontra-se recolhida Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, desde o dia 26 de dezembro do ano passado.
Wagner, mais conhecido como cabo Sandys, estava na Polícia Militar do Ceará desde 2014 e era lotado no 17º Batalhão (17º BPM).
Cabo da Polícia Militar é assassinado em Fortaleza.
Redes sociais/Reprodução
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