Estudos avaliam reabertura da Pedra do Surfista, ponto turístico em Florianópolis com ‘risco potencial de tombamento’

Segundo a Floram, é necessário saber o peso suportado pela rocha, conhecido ponto turístico no sul da Ilha de Santa Catarina. Local está com placas sinalizando o “risco potencial de tombamento”. Visual da Pedra do Surfista, em Florianópolis
@amandaschietti/Reprodução; John Pacheco/g1
O entorno da Pedra do Surfista, famosa rocha e cartão-postal de Florianópolis, com vista para a praia da Lagoinha do Leste, passará por novos estudos que podem determinar sua reabertura.
A pedra fica no alto do Morro da Coroa, que recebe turistas durante todo o ano, e está com placas sinalizando o “risco potencial de tombamento”.
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Em entrevista à CBN Floripa, o geógrafo Guilherme Adilson de Freitas, da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), órgão responsável pela sinalização, informou que um escaneamento geológico, por exemplo, ainda vai identificar o peso suportado pela rocha.
A pedra possui uma extremidade apoiada ao solo, e a outra livre (veja foto abaixo). Para a avaliar sua estabilidade, no entanto, é necessário saber quanto da rocha está efetivamente enterrada.
Pedra do Surfista, localizada no Morro da Coroa, em Florianópolis
Divulgação
Análises geotécnicas preliminares indicaram, conforme a Floram, um risco potencial de tombamento, especialmente devido à suscetibilidade da área a processos erosivos, que podem comprometer a estabilidade da rocha (veja mais abaixo).
A situação crítica foi constatada após pesquisas em conjunto com a Defesa Civil e equipes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
“Já recebemos fotos de 10 pessoas em cima da pedra, por exemplo, e isso começou a nos preocupar com relação ao risco de vidas humanas”, comentou.
Placa sendo fixada na Pedra do Surfista
Defesa Civil de Florianópolis
Entorno
A pedra fica no alto do Morro da Coroa, que possui uma declividade maior que 45º graus, de acordo com Guilherme. “É uma área bem íngreme, e a estabilidade do entorno interfere na estabilidade da Pedra do Surfista”.
Uma das vertentes da trilha que dá acesso à rocha estava com processo erosivo severo, conforme o geólogo, e foi interditada. O trabalho de manejo incluiu o uso de barreiras de rochas para diminuir a velocidade da água, que acelera esse desgaste, assim como a chuva, o vento e o próprio movimento de pessoas.
“Quando esse solo que está na base da pedra começa a ser erodido, começa a ter um maior risco de movimentação de massa na própria pedra”, contextualizou.
Trecho da trilha que dá acesso à Pedra do Surfista antes (esquerda) e depois (direita) da intervenção
Divulgação
Interdição
Placas foram fixadas no acesso à trilha e na Pedra do Surfista. A medida é preventiva em função da alta procura de turistas na temporada de verão.
Toda a área do topo do Morro da Coroa, que abriga um conjunto de rochas piroclásticas, forma um mirante natural com vista panorâmica para a Praia da Lagoinha do Leste.
A Floram informou que as restrições são específicas para a Pedra do Surfista e um dos trechos da trilha de acesso ao morro da Coroa pela praia.
“Trilha interditada devido às condições precárias, a possibilidade do tombamento de rochas e aos processos erosivos”, detalha um dos comunicados na trilha de acesso.
Placa sendo fixada na trilha de acesso à Pedra do Surfista, em Florianópolis
Defesa Civil de Florianópolis
Agentes da Floram no alto do Morro da Coroa, onde fica a Pedra da Surfista
Defesa Civil de Florianópolis
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