RJ registra 1.365 casos de abandono de animais em 2024, alta de 8% em relação a 2023

A lei prevê prisão de 2 a 5 anos para quem abandonar ou maltratar animais. RJ registra 1.365 casos de abandono de animais em 2024, alta de 8% em relação a 2023
Aumentou o número de animais abandonados no estado do Rio. Foram 1.365 casos registrados em 2024 contra 1.271 em 2024 — ou seja, 8% a mais em 1 ano. Além de abandono, muitos animais são vítimas de maus-tratos.
“Não existe um padrão de abandono porque, como você pode ver, o Ozzy é um cachorro de raça, é um buldogue francês, e mesmo assim ele foi abandonado”, fala a coordenadora da ONG Garra, Alexia Knopf.
As denúncias de abandono de animais aumentaram em 2024, se comparado com o ano de 2023. Levantamentos do programa Linha Verde apontam 94 abandonos a mais, um crescimento de quase 8%.
A lei prevê prisão de 2 a 5 anos para quem abandonar ou maltratar animais.
“Esse ano foi um ano bem desafiador. No final do ano, nós tivemos casos de maus-tratos cruéis, de animais que sofreram e chegaram muito feridos”, disse a fundadora da ONG, Renata Pietro.
Segundo o Disque Denúncia, os animais mais abandonados são os cachorros, principalmente da raça pitt bull, seguidos por gatos, cavalos, aves, cabras e tartaruga.
Nos últimos dias de dezembro, o RJ1 mostrou casos de abandonos na cidade e na Baixada Fluminense.
Em Queimados, um cachorro foi largado em uma praça. O cãozinho acabou voltando para casa, mas protetores de animais conseguiram resgatá-lo, que agora está disponível para adoção.
O RJ1 também retratou a realidade de cavalos que são maltratados e abandonados na Ilha do Governador, na Zona Norte da capital. Muitos não resistem e acabam morrendo.
A égua Brisa foi levada para uma ONG e recebe cuidados há 10 anos
Reprodução/TV Globo
A ONG Garra, em Paciência, na Zona Oeste do Rio, recebe, trata e tenta dar uma nova vida aos animais que foram abandonados por motivos diversos.
O sítio da ONG abriga cavalos, cabras, gatos, cachorros e até patos. Todos os animais são resgatados das ruas e não teriam como sobreviver sozinhos.
“Quando eles chegam, geralmente eles ficam internados, passam por uma triagem, fazem vários exames e, a partir daí, a gente vai decidir qual é o tratamento deles, se é cirúrgico, se não é…”, explica Renata.
A égua Brisa recebe cuidados há uma década. “Nós a resgatamos na praia, na Brisa, junto com o filhotinho, que era o Vento. Ela estava amamentando e puxando carroça, e é um hábito desses carroceiros. Carroça é proibido. Então, a Brisa estava lá num estado muito triste”, conta Renata.
Apesar de lutar por esses animais há anos, Renata e tantos outros defensores de animais esperam fechar as portas dos abrigos o quanto antes.
“Seria um sonho, que a gente falasse assim: ‘hoje estamos fechando as portas porque não somos mais necessários'”, diz a defensora.

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