O estado de São Paulo demonstra um avanço significativo em sua matriz energética ao alcançar 59% de sua oferta bruta de energia oriunda de fontes renováveis. Este percentual coloca o estado em posição de destaque quando comparado à média nacional, evidenciando um compromisso crescente com a sustentabilidade e a diversificação de suas fontes energéticas. A liderança paulista reforça a importância de políticas públicas e investimentos voltados para a transição energética, essencial na luta contra as mudanças climáticas e na busca por um futuro mais limpo e resiliente.

Dentro desse cenário promissor, o biometano emerge como um protagonista. A produção deste biocombustível, derivado do tratamento de resíduos orgânicos urbanos e agrícolas, tem potencial para impulsionar ainda mais a descarbonização em São Paulo. As projeções indicam que o estado poderá superar a marca de 700 mil metros cúbicos por dia de biometano até 2026, um aumento considerável que posiciona o setor em um patamar de crescimento acelerado e estratégico para a economia.

A discussão sobre o papel e o potencial do biometano ganha força em fóruns especializados, como o 8º Fórum Sul-Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB), realizado em Foz do Iguaçu. Esses encontros são cruciais para a troca de conhecimentos, o debate sobre políticas de incentivo e a articulação entre os diversos atores do setor, desde produtores e pesquisadores até representantes do governo e da indústria. A consolidação de um mercado robusto para o biometano é fundamental para capitalizar sobre o potencial das fontes renováveis brasileiras.

A liderança de São Paulo na oferta de energia renovável não é apenas um dado estatístico, mas representa um passo concreto em direção a uma economia de baixo carbono. A expansão da produção e do uso de biometano, aliada a outras fontes renováveis como a solar e a eólica, sinalizam um caminho promissor para o estado e para o Brasil, fortalecendo a segurança energética e reduzindo a dependência de combustíveis fósseis, com benefícios ambientais e econômicos a longo prazo.