Tarifas de ônibus na Grande BH e Contagem terão aumento em 2026 e já em 2025
A partir do dia 1º de janeiro de 2026, os usuários do transporte público em Belo Horizonte e sua Região Metropolitana enfrentarão um novo aumento nas tarifas de ônibus. O reajuste, que já havia sido anunciado, impactará diretamente o bolso dos passageiros que dependem desse modal para o seu deslocamento diário. A decisão reflete uma série de fatores econômicos que influenciam os custos operacionais das empresas de transporte. É importante que os cidadãos estejam cientes dessas mudanças para se planejarem financeiramente. Este aumento se soma a outros custos que têm crescido, afetando o poder de compra da população. A expectativa é que, com esses novos valores, as empresas possam manter a qualidade do serviço, mas a preocupação com a acessibilidade para as camadas de menor renda permanece.
Em Contagem, cidade vizinha a Belo Horizonte, o aumento já entrou em vigor a partir desta terça-feira, 30 de abril, com um reajuste de 5,46%. Essa medida antecipa o impacto para os moradores de Contagem, que observarão a diferença em suas passagens antes mesmo do início do próximo ano. A variação percentual menor em Contagem, quando comparada ao aumento geral da Grande BH, pode ser atribuída a diferentes modelos de concessão e custos operacionais específicos do município. A análise desses reajustes deve considerar a inflação acumulada no período, o custo do diesel, a manutenção da frota e a remuneração dos trabalhadores, que são os principais componentes da planilha de custos do transporte público.
Na Região Metropolitana, o percentual de aumento previsto para o início de 2026 chega a 8,93%. Este índice, consideravelmente maior que o de Contagem, sugere que os contratos e as tarifas da Grande BH possuem dinâmicas de reajuste distintas. O consenso entre os órgãos responsáveis pela definição das tarifas busca equilibrar a sustentabilidade financeira das empresas com a necessidade de oferecer um serviço de qualidade e acessível à população. No entanto, a previsibilidade desses aumentos anuais tem sido um ponto de constante debate, com cobranças por maior transparência e participação social na formulação das políticas tarifárias.
A definição desses novos valores é resultado de negociações e análises técnicas que consideram diversos indicadores econômicos e operacionais. Fatores como o preço dos combustíveis, o custo de peças e pneus para manutenção dos ônibus, os salários dos motoristas e cobradores, e os investimentos necessários para a modernização da frota são levados em conta. A ausência de subsídios públicos significativos ou a insuficiência deles, muitas vezes, pressiona os reajustes a serem repassados integralmente aos usuários, gerando um ciclo de elevação de custos que pode desestimular o uso do transporte público em favor de outras alternativas, como o transporte individual motorizado, o que agrava o congestionamento e a poluição em áreas urbanas.