Um ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil sugeriu que Donald Trump se distanciou de Jair Bolsonaro por considerá-lo um ‘perdedor’. Segundo o diplomata, essa percepção teria sido o principal fator para o rompimento da relação entre os dois líderes, que ostentavam uma forte aliança ideológica e política. A declaração aponta para a complexidade das relações internacionais mediadas por personalidades e interesses próprios de cada líder, onde o sucesso ou fracasso em disputas eleitorais pode definir a força de um vínculo diplomático. Essa dinâmica revela uma visão pragmática e, por vezes, implacável na esfera política, onde a imagem de vencedor se torna um ativo valioso e a de perdedor, um passivo a ser evitado. A trajetória de ambos os líderes, com suas vitórias e derrotas, é um estudo de caso interessante sobre como a política externa pode ser influenciada por fatores pessoais e pela popularidade momentânea. A saída de Bolsonaro do cargo presidencial e suas subsequentes derrotas em tentativas de retorno reforçam a análise do ex-embaixador, pintando um quadro de como ex-aliados podem se distanciar quando um deles perde relevância ou poder. Isso demonstra que, em certos círculos políticos de alto escalão, a lealdade pode ser conditional e fortemente ligada aos resultados eleitorais e à capacidade de manter o poder, evidenciando uma estratégia onde o apoio é direcionado para aqueles vistos como mais promissores ou estratégicos. A percepção de ‘perdedor’ pode ter implicações significativas, afetando não apenas a confiança, mas também o acesso a redes de apoio e influência internacional, algo que Bolsonaro, após deixar a presidência, teria experimentado em primeira mão com seu outrora poderoso aliado.