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Pernambuco emite alerta de sarampo devido à temporada de cruzeiros e baixa cobertura vacinal

Em meio à intensificação das viagens marítimas durante a temporada de cruzeiros, o estado de Pernambuco, assim como outras regiões do Brasil, tem intensificado os alertas para a prevenção do sarampo. A movimentação de turistas nacionais e internacionais em navios de grande porte eleva o risco de introdução do vírus em áreas com cobertura vacinal abaixo do ideal. Essa preocupação se estende a todos os serviços de saúde, incluindo unidades básicas, hospitais e, especialmente, às autoridades portuárias para que medidas de vigilância e controle sejam efetivamente implementadas.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida pelo ar através de gotículas de saliva. Seus sintomas incluem febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, seguidos pelo aparecimento de erupções cutâneas características. Embora existam casos leves, o sarampo pode evoluir para complicações graves, como pneumonia, encefalite (inflamação do cérebro) e até mesmo levar à morte, especialmente em crianças pequenas e indivíduos com o sistema imunológico comprometido. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção, e o esquema vacinal completo, com duas doses da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), garante proteção duradoura.

O alerta emitido pelas autoridades de saúde em Pernambuco visa não apenas o monitoramento e a pronta resposta a possíveis casos importados, mas também a conscientização da população sobre a importância da vacinação. A baixa adesão às campanhas vacinais em diversas localidades do país tem criado bolsões de suscetibilidade, onde o vírus pode circular com mais facilidade caso seja introduzido. A temporada de cruzeiros, por concentrar um grande número de pessoas de diferentes origens, representa um cenário propício para a disseminação do sarampo, exigindo um esforço conjunto entre o poder público, os profissionais de saúde e a sociedade.

Diante desse cenário, recomenda-se que todos os viajantes, especialmente aqueles que planejam embarcar em cruzeiros ou que retornam dessas viagens, verifiquem seu status vacinal. Crianças a partir dos 6 meses de idade que viajarão para áreas de risco devem receber a primeira dose da vacina. Para a população em geral, é fundamental garantir que todas as doses recomendadas pelas autoridades de saúde tenham sido administradas. A prevenção do sarampo é uma responsabilidade coletiva que contribui para a proteção de toda a comunidade e para a manutenção do país livre da doença.