São Paulo Sete Recorde de Calor Pelo Terceiro Dia Consecutivo com 37,2°C
A onda de calor que assola São Paulo e outras regiões do Brasil continua a quebrar recordes históricos. Nesta terça-feira, a capital paulista registrou a impressionante marca de 37,2°C, elevando o termômetro para o mais alto valor registrado em um mês de dezembro nos últimos 64 anos. Este feito alarmante é o terceiro recorde consecutivo em apenas três dias, evidenciando a intensidade e a persistência do fenômeno climático que tem impactado severamente a rotina dos habitantes da metrópole e de outras localidades. A situação preocupa especialistas em saúde e defesa civil, que alertam para os riscos associados à exposição prolongada a altas temperaturas. O corpo humano possui mecanismos de regulação térmica, mas estes podem se tornar ineficazes em condições de calor extremo e umidade elevada. Geralmente, a temperatura corporal ideal para o funcionamento saudável do organismo humano gira em torno de 36,5°C a 37,2°C. Quando a temperatura ambiente ultrapassa os 35°C, especialmente por períodos prolongados, o corpo passa a trabalhar em sobrecarga para dissipar o calor excessivo. Em cenários de onda de calor, a combinação de altas temperaturas com baixa umidade pode levar à desidratação rápida, insolação, exaustão pelo calor e, em casos mais graves, ao golpe de calor, uma emergência médica potencialmente fatal. A persistência dessa massa de ar quente é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a atuação de um bloqueio atmosférico que impede a chegada de frentes frias e a influência do fenômeno El Niño, que tem aquecido as águas do Oceano Pacífico. Este aquecimento global, somado a variações climáticas regionais, cria um cenário propício para a ocorrência de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. A previsão é que essa onda de calor possa se estender por mais alguns dias, sendo crucial que a população adote medidas de prevenção para minimizar os riscos à saúde. As autoridades recomendam que a população evite a exposição direta ao sol nos horários de pico, que geralmente ocorrem entre 10h e 16h, e aumente a ingestão de líquidos, como água, sucos naturais e água de coco. O consumo de alimentos leves e de fácil digestão também é aconselhável, assim como o uso de roupas claras e frescas. Moradores de áreas mais vulneráveis, idosos e crianças devem ter atenção redobrada, buscando locais frescos e arejados e mantendo-se hidratados. A expectativa de quando a onda de calor irá ceder varia entre as previsões, mas a conscientização e a adoção de práticas seguras são fundamentais nesse período de calor intenso.