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Escolas Militares Chinesas Buscam ‘Corrigir’ Adolescentes Rebeldes

Na China, um número crescente de pais recorre a instituições de ensino com disciplina militar para lidar com adolescentes considerados rebeldes ou com comportamentos de risco. Essas escolas, que prometem transformar jovens problemáticos em cidadãos obedientes e disciplinados através de um regime rigoroso, têm levantado debates sobre seus métodos e a eficácia de suas abordagens. As instalações frequentemente se assemelham a quartéis, onde os alunos participam de treinamento físico intenso, aulas de formação ideológica e uma rotina diária rigidamente controlada. A intenção declarada é incutir respeito pela autoridade, patriotismo e um senso de responsabilidade, visando erradicar comportamentos como uso de drogas, delinquência e desobediência aos pais e às normas sociais. Os métodos empregados por algumas dessas escolas têm sido objeto de escrutínio. Relatos mencionam castigos físicos, isolamento e uma pressão psicológica constante para conformidade, levantando preocupações a respeito do bem-estar psicológico e físico dos estudantes. A sociedade chinesa, com sua forte ênfase na harmonia familiar e no respeito à hierarquia, muitas vezes vê essas escolas como uma solução necessária. Contudo, especialistas em psicologia juvenil e direitos humanos argumentam que tais instituições podem gerar traumas e agravar problemas subjacentes em vez de resolvê-los, defendendo abordagens terapêuticas e educacionais mais humanizadas e baseadas em evidências científicas. O futuro dessas escolas e a busca por alternativas mais eficazes para a reabilitação de adolescentes em conflito com a lei e a sociedade continuam sendo um tópico de grande relevância e discussão em território chinês, refletindo um dilema complexo entre a tradição e a necessidade de adaptação aos desafios modernos da juventude.