Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, é preso após fuga para o Paraguai com documentos falsos
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, teve sua fuga abortada no Paraguai, onde foi capturado com documentos falsos. A notícia do incidente levanta sérias questões sobre a capacidade de resposta das autoridades e a rede de apoio que pode ter facilitado a tentativa de fuga. Vasques estava com uma tornozeleira eletrônica, que foi desativada, e a Polícia Penal de Santa Catarina (PPSC) levou 1 hora e 33 minutos para comparecer à sua residência após o alerta, um tempo considerado extenso para a gravidade da situação. Este lapso temporal levanta preocupações sobre protocolos de segurança e a eficiência na contenção de indivíduos sob vigilância.
O caso ganha contornos ainda mais complexos com a descoberta de que documentos falsos foram utilizados na tentativa de fuga. A posse e o uso de documentação adulterada por um ex-agente público de alta patente sugere um planejamento prévio e, possivelmente, a colaboração de terceiros na obtenção desses documentos. A investigação agora se debruça sobre a origem desses papéis e quem mais poderia estar envolvido nesse esquema, além de avaliar as consequências legais para tais atos.
Em meio à repercussão, um hospital negou qualquer vínculo com o atestado médico apresentado por Silvinei Vasques, indicando que o documento era falso. Essa alegação de falsidade documental adiciona mais um elemento criminoso à conduta do ex-diretor, minando qualquer justificativa que pudesse ter sido apresentada para sua ausência ou para a tentativa de fuga. A fabricação de atestados médicos é uma prática ilegal que visa burlar a justiça e as obrigações legais.
A detenção de Silvinei Vasques no Complexo da Papuda, em Brasília, marca o fim de sua fuga. No entanto, muitas perguntas ainda permanecem sem resposta sobre o que realmente aconteceu durante o período em que ele esteve foragido e o que o levou a tomar tais atitudes. A investigação em curso busca esclarecer todos os detalhes, desde a desativação da tornozeleira até a rede de apoio logístico e financeiro que pode ter sustentado sua fuga, e, caso comprovado, a situação do cachorro apreendido com o ex-diretor, que também gera dúvidas.