Santa Catarina enfrenta um cenário climático preocupante com a projeção de uma forte onda de calor que deve persistir até o próximo domingo, segundo informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e Epagri/Ciram. Paralelamente, a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, em conjunto com esses órgãos, emitiu alertas de atenção máxima para a ocorrência de temporais intensos em diversas regiões do estado. Estes eventos são caracterizados pela combinação de raios, rajadas de vento fortes, granizo e, o que é mais preocupante, pela possibilidade de alagamentos e enxurradas, especialmente durante as próximas horas. A previsão exige vigilância constante e preparação por parte dos cidadãos e das autoridades.

Os alertas recentes da Defesa Civil, emitidos em 26 e 27 de dezembro, destacam a natureza dinâmica e perigosa desses fenômenos meteorológicos. A ocorrência de raios e granizo associada a ventos fortes pode causar danos significativos à infraestrutura urbana e rural, incluindo redes elétricas, telhados e plantações. A saturação do solo e a impermeabilização de áreas urbanas aumentam exponencialmente o risco de alagamentos repentinos, que podem evoluir para enxurradas em áreas de relevo mais acentuado ou próximas a cursos d’água. A orientação é para que a população evite áreas de risco e, se possível, abrigue-se em locais seguros.

As previsões de cinco dias da Epagri/Ciram indicam que a onda de calor não diminui o potencial para a formação de tempestades severas. Na verdade, o aquecimento atmosférico provocado pela onda de calor pode fornecer a energia adicional necessária para o desenvolvimento de nuvens de tempestade mais convectivas e, consequentemente, mais violentas. Essa combinação de calor extremo e instabilidade atmosférica é um cenário clássico para a ocorrência de eventos meteorológicos extremos em regiões tropicais e subtropicais. As 11 cidades em alerta especial pelo Inmet refletem a gravidade da situação e a necessidade de planos de contingência eficazes.

A população de Santa Catarina é instruída a acompanhar as atualizações meteorológicas e as orientações da Defesa Civil. É fundamental manter sistemas de comunicação ativos, como rádios e notificações de celular, e verificar alarmes de emergência. Para as áreas mais vulneráveis, o monitoramento dos níveis de rios e córregos é crucial. A conscientização sobre os riscos associados a alagamentos e enxurradas, como a força da água e a possibilidade de detritos arrastados, pode ser a diferença entre a segurança e a tragédia. A colaboração entre órgãos públicos e a comunidade é essencial para mitigar os impactos desses eventos climáticos adversos.