O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta vermelho, indicando uma situação de grande perigo devido à onda de calor que atinge o Sudeste do Brasil, incluindo áreas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Este alerta reflete a intensidade e a duração incomuns do calor extremo, que têm levado a temperaturas recordes em diversas capitais e municípios. A persistência deste cenário exige atenção redobrada da população e das autoridades, com foco na prevenção de problemas de saúde e na gestão de recursos hídricos e energéticos.

São Paulo, em particular, experimentou um dezembro com as maiores temperaturas registradas nos últimos 64 anos, ultrapassando marcas históricas e gerando preocupações sobre a saúde pública e a infraestrutura urbana. O calor excessivo não só aumenta o risco de insolação, desidratação e outras doenças relacionadas ao calor, mas também eleva o consumo de energia para refrigeração, potencialmente sobrecarregando o sistema elétrico. A situação demanda estratégias de adaptação e mitigação para lidar com eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes.

O Inmet projeta que a onda de calor pode se estender por vários dias, com temperaturas que podem ficar até 5°C acima da média histórica para esta época do ano. A ausência de chuvas significativas agrava o cenário, contribuindo para a sensação de abafamento e aumentando a possibilidade de incêndios em áreas de vegetação seca. Recomendações como a ingestão frequente de líquidos, evitar exposição direta ao sol nas horas mais quentes do dia e a busca por locais frescos são essenciais para a proteção individual e coletiva.

As mais de 1,2 mil cidades em estado de alerta indicam um problema de abrangência nacional, embora o epicentro atual esteja no Sudeste. Este fenômeno está alinhado com as projeções de cientistas sobre os efeitos das mudanças climáticas, que apontam para um aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor e secas prolongadas. A compreensão desses impactos e a implementação de políticas de adaptação e redução de emissões são cruciais para o futuro do planeta e o bem-estar da população.