A água com gás tem ganhado cada vez mais adeptos, muitas vezes vista como uma alternativa sofisticada à água pura e até como um auxílio em dietas. No entanto, surgem dúvidas frequentes sobre sua naturalidade, seus efeitos no organismo e se ela realmente contribui para a perda de peso. Especialistas em nutrição e saúde se debruçam sobre essas questões para oferecer um panorama mais claro sobre essa bebida borbulhante. A efervescência da água com gás é resultado da adição de dióxido de carbono (CO2) sob pressão, um processo que pode ocorrer naturalmente em algumas fontes minerais ou ser realizado artificialmente. Independentemente do método, o CO2 se dissolve na água formando o ácido carbônico, que confere o sabor levemente picante e as características borbulhas. A crença de que a água com gás é menos hidratante que a água pura é um mito. Ambos os tipos de água possuem a mesma capacidade de hidratação. O gás, na verdade, pode até estimular o consumo maior de líquidos em algumas pessoas, auxiliando na hidratação geral. A sensação de saciedade proporcionada pelas bolhas pode ser um benefício para quem busca controlar a ingestão calórica, pois pode levar a uma redução no consumo de alimentos. No entanto, não há evidências científicas robustas que comprovem a água com gás como um agente direto no emagrecimento. Seu papel se limita a ser uma ferramenta complementar em uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável, promovendo a saciedade e substituindo bebidas calóricas. Quanto à sua naturalidade, a água com gás mineral natural já contém CO2 dissolvido em sua origem geológica, sendo completamente natural. Já a água com gás produzida industrialmente tem o CO2 adicionado artificialmente, mas ambos os processos resultam em uma bebida segura para o consumo e com efeitos semelhantes no corpo, a menos que outros aditivos sejam incluídos. O principal ponto de atenção em relação aos efeitos das borbulhas no corpo. A ingestão de água com gás pode causar inchaço abdominal e arrotos devido ao acúmulo de gás no estômago. Para a maioria das pessoas, esses efeitos são temporários e de baixa intensidade. Indivíduos com condições gastrointestinais preexistentes, como síndrome do intestino irritável ou refluxo, podem experimentar um agravamento dos sintomas. Portanto, a moderação e a observação individual são cruciais para determinar a adequação da água com gás à rotina de cada um.