Teuda Bara, figura emblemática do teatro brasileiro e co-fundadora do Grupo Galpão, deixou um legado inestimável aos 84 anos de idade. Sua partida representa uma perda significativa para as artes cênicas em Minas Gerais e para o Brasil, onde sua trajetória artística marcou gerações. Teuda era conhecida não apenas por sua atuação, mas também por sua dedicação à formação de novos talentos e à democratização do acesso à cultura, pilares que nortearam o trabalho do Galpão.

A atriz mineira construiu uma carreira sólida e diversificada, transitando entre o teatro, a televisão e o cinema. No teatro, sua atuação no Grupo Galpão se destacou pela intensidade e pela maestria com que dava vida a personagens complexos, sempre demonstrando profundo respeito e compromisso com a arte. Um de seus papéis mais memoráveis na televisão foi o da benzedeira Mãe Benta, na novela O Rei do Gado, da Rede Globo, que lhe rendeu grande popularidade e reconhecimento nacional.

Além de seu talento como atriz, Teuda Bara foi uma força motriz por trás do Grupo Galpão, fundado em 1982. Ao lado de outros artistas, ela colaborou ativamente na concepção e execução de projetos que visavam levar o teatro a públicos diversos, muitas vezes em espaços não convencionais. Sua visão empreendedora e seu engajamento foram cruciais para que o Galpão se tornasse um dos grupos teatrais mais respeitados e premiados do país, conhecido por suas produções de alta qualidade e por sua forte conexão com a comunidade.

O velório de Teuda Bara está agendado para esta sexta-feira no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, um local que testemunhou muitas de suas apresentações e que agora se torna palco para a despedida de uma artista que dedicou sua vida à expressão artística e à transformação social através da cultura. Sua memória continuará viva nas obras que criou, nos artistas que inspirou e no impacto cultural que gerou.