Apesar da tradicional corrida às lojas nos dias que antecedem o Natal, o consumidor tem demonstrado uma postura mais ponderada em suas despesas. A alta inflação e a instabilidade econômica recente contribuem para essa cautela, levando muitos a priorizar presentes essenciais ou a buscar opções com melhor custo-benefício. O setor de vestuário, calçados e acessórios tem se destacado como o campeão das vendas natalinas, refletindo a busca por itens que aliam praticidade e desejo. Essa tendência também é observada em grandes centros como São Paulo, onde o comércio registrou um aumento significativo em sua movimentação na semana que antecedeu o Natal, segundo dados do Itaú Unibanco. A expectativa é que essa recuperação se estenda para os primeiros meses do ano que vem, impulsionada por promoções e pela necessidade de renovação de guarda-roupas. No Rio de Janeiro, a movimentação intensa no comércio popular nas vésperas do Natal evidencia a busca por alternativas mais acessíveis, mas sem abrir mão da celebração. A pesquisa aponta que, em geral, o crescimento das vendas ficou em um ritmo mais cauteloso, com consumidores optando por parcelamentos mais longos ou promoções especiais para adequar os presentes ao orçamento. Essa abordagem se repete em outras regiões, como o Distrito Federal, onde o Natal impulsiona o comércio, mas as vendas avançam com moderação. A estratégia de manter um controle financeiro rígido tem sido um mantra para as famílias brasileiras, que buscam equilibrar a alegria das festas com a responsabilidade de suas finanças.