O passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro foi oficialmente anulado após a perda de seu mandato como deputado federal. Esta decisão impacta diretamente sua situação nos Estados Unidos, onde ele residia e exercia atividades ligadas à sua posição parlamentar. A anulação do documento exige que ele providencie um novo visto ou status legal para permanecer no país, caso deseje continuar sua estadia. A medida levanta questões sobre o uso e a validade de passaportes diplomáticos em contextos de perda de cargo, e as regras internacionais que regem a circulação de diplomatas e ex-diplomatas.

Diante desse cenário, Eduardo Bolsonaro expressou a possibilidade de solicitar um “passaporte de apátrida” para continuar nos EUA. Este tipo de documento, quando concedido, geralmente visa proteger indivíduos que não possuem nacionalidade e, portanto, enfrentam dificuldades significativas para viajar e se estabelecer em outros países. A menção a essa possibilidade sugere que ele pode estar considerando um cenário em que sua cidadania brasileira não seria suficiente para garantir sua permanência legal nos Estados Unidos, ou que o processo para obter um visto comum seria complexo e demorado. A solicitação de um passaporte de apátrida é um processo complexo e depende da análise e aceitação pelas autoridades americanas e, eventualmente, de órgãos internacionais.

A situação também atraiu a atenção de possíveis aliados políticos nos EUA, como os senadores Marco Rubio e Ron DeSantis, cujas ações podem, hipoteticamente, influenciar a facilitação de vistos para brasileiros, incluindo o de Eduardo Bolsonaro ou de outros ex-parlamentares. Essa especulação aponta para a influência das relações diplomáticas e políticas entre os países no tratamento de indivíduos em situações migratórias específicas. A relação entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em tempos de transição política em ambos os países, pode afetar a agilidade e a receptividade de tais solicitações, destacando a importância do networking e das conexões internacionais.

Adicionalmente, declarações de Eduardo Bolsonaro sobre ter sido ameaçado pelo ministro Alexandre de Moraes, conforme veiculado pelo Poder360, adicionam uma camada de complexidade à sua situação. Embora não diretamente ligada à anulação do passaporte, essa alegação pode influenciar a percepção de risco e a necessidade de proteção, que indiretamente poderia ser um fator em processos de solicitação de vistos ou status migratório. A judicialização da política no Brasil e as repercussões internacionais dessas disputas jurídicas são temas de crescente debate e observação.