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Calor Extremo e Risco Aumentado de AVC: Médicos Alertam para Cuidados Essenciais

O verão traz consigo temperaturas elevadas e, com elas, um aumento significativo no risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido popularmente como derrame. Médicos e especialistas em saúde têm emitido alertas sobre a necessidade de atenção redobrada durante os meses mais quentes do ano. O calor excessivo leva à desidratação, o que, por sua vez, pode aumentar a viscosidade do sangue. Sangue mais espesso tem maior propensão a formar coágulos, e esses coágulos podem obstruir artérias no cérebro, levando ao AVC isquêmico, o tipo mais comum da doença. A elevação da temperatura corporal também pode influenciar a pressão arterial, que é um fator de risco primário para ambos os tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. Pessoas com hipertensão arterial são particularmente vulneráveis a essas variações.

Manter-se adequadamente hidratado é a principal recomendação para mitigar esse risco. O consumo regular de água ao longo do dia, mesmo sem sentir sede, é fundamental. É importante evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cafeinadas, pois elas podem contribuir para a desidratação. Além da água, outros líquidos como sucos naturais, chás gelados sem açúcar e água de coco são excelentes opções para repor os fluidos perdidos. A alimentação também desempenha um papel crucial. Refeições leves e ricas em frutas e verduras ajudam a manter o corpo hidratado e fornecem nutrientes essenciais. Evitar alimentos muito salgados, gordurosos e processados é igualmente importante, pois esses itens podem contribuir para o aumento da pressão arterial e a retenção de líquidos.

A proteção solar adequada não se limita apenas à pele; a exposição prolongada ao sol sem os devidos cuidados pode levar ao estresse térmico, que afeta o funcionamento do organismo. O uso de chapéus, roupas leves e de cores claras, e a busca por locais sombreados nas horas mais quentes do dia (geralmente entre 10h e 16h) são medidas importantes. Para grupos de risco, como idosos, pessoas com doenças crônicas preexistentes (hipertensão, diabetes, colesterol alto, histórico de AVC) ou que tomam certas medicações, os cuidados devem ser intensificados. É recomendável que essas pessoas evitem atividades físicas extenuantes sob o sol e, se possível, permaneçam em ambientes climatizados. O acompanhamento médico regular pode ajudar a ajustar tratamentos e a identificar precocemente qualquer sinal de alerta.

O reconhecimento dos sintomas de um AVC é vital para a busca imediata por ajuda médica, o que pode fazer uma diferença crucial no prognóstico do paciente. Os sinais mais comuns incluem fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo (rosto, braço ou perna), dificuldade repentina para falar ou entender a fala, perda súbita de visão em um ou ambos os olhos, tontura súbita, perda de equilíbrio ou coordenação, e dor de cabeça intensa e súbita sem causa aparente. Em caso de qualquer um desses sintomas, é imperativo ligar para o serviço de emergência médica (SAMU 192 no Brasil) imediatamente. A chamada para o socorro rápido pode ser a diferença entre a recuperação e sequelas graves ou até mesmo a morte. A prevenção, contudo, é o melhor caminho, e os cuidados no verão são um componente essencial dessa estratégia.