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Correios obtêm empréstimo de R$ 12 bilhões com garantia do Tesouro Nacional

Os Correios alcançaram um acordo com instituições financeiras para a obtenção de um empréstimo no valor de R$ 12 bilhões, destinado a aliviar a crise financeira que assola a empresa. De acordo com fontes, o custo dessa operação será de 115% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), e a transação conta com a garantia do Tesouro Nacional. Esta medida surge como um alívio crucial para a empresa, que tem enfrentado crescentes dificuldades operacionais e financeiras, comprometendo a continuidade de suas atividades em diversas regiões do país. A obtenção desses recursos é vista como fundamental para a reestruturação e a manutenção dos serviços essenciais prestados pela estatal.

A negociação com os bancos foi tensa, mas culminou na proposta que agora está sendo finalizada, totalizando os R$ 12 bilhões. A inclusão da garantia do Tesouro Nacional foi um fator determinante para que os bancos aprovassem a linha de crédito e estabelecessem os juros em um patamar considerado razoável dentro do contexto atual de mercado, ainda que elevado.

A crise nos Correios tem gerado preocupações significativas, especialmente no que diz respeito ao atendimento a municípios menores e mais isolados. O deputado federal Guilherme Boulos destacou que, sem os serviços dos Correios, cerca de 3.000 municípios ficariam sem o serviço postal, evidenciando a importância estratégica da empresa para a coesão territorial e o acesso da população a serviços básicos de comunicação e logística.

Em meio a essas discussões, o Ministro das Comunicações, Fábio Faria, descartou a possibilidade de um aporte direto da União para socorrer os Correios, indicando que a rota do empréstimo com juros, garantido pelo Tesouro, é o caminho preferencial para a solução financeira da empresa. Essa abordagem reflete uma política de austeridade fiscal, buscando equilibrar a necessidade de manter os serviços públicos com a responsabilidade de não onerar excessivamente os cofres públicos com injeções diretas de capital.