Lei Magnitsky: Analistas apontam isolamento de Bolsonaro após fim de sanções
A revogação da aplicação da Lei Magnitsky contra a figura do ministro Alexandre de Moraes, um dos focos iniciais da pressão externa sobre o sistema político brasileiro, tem sido interpretada como um movimento estratégico de Donald Trump que deixa o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma posição de isolamento. Analistas americanos, como os citados pela BBC, sugerem que essa decisão sinaliza um afastamento de Trump em relação a pautas e aliados mais radicais no Brasil, buscando, possivelmente, um realinhamento geopolítico ou a manutenção de relações diplomáticas mais estáveis com o governo atual. Essa movimentação gerou um forte descontentamento em grupos bolsonaristas, que expressaram revolta e acusações contra Trump nas redes sociais, como veiculado pelo Metrópoles, evidenciando a dependência percebida de parte da direita brasileira em relação ao apoio americano durante a gestão de Trump. A percepção de derrota se intensifica quando Eduardo Bolsonaro, um dos principais articuladores da aproximação com os Estados Unidos sob o governo Trump, acumula reveses políticos, com especial atenção à complexa relação entre as administrações de Trump e Lula, um tema amplamente discutido pelo UOL Notícias. A suspensão da Magnitsky, que havia sido instrumentalizada por figuras como Allan dos Santos como forma de pressionar o judiciário brasileiro, resultou em confrontos internos no espectro político conservador, como relatado pelo O Globo, demonstrando as ramificações e os racha-cabeças que a decisão de Trump pode ter provocado entre seus apoiadores no Brasil e no exterior, em um cenário de redefinição de alianças e estratégias políticas.