A Oncoclínicas, gigante do setor de tratamento oncológico, divulgou após a liquidação extrajudicial do Banco Master, que possuía um saldo de R$ 433 milhões em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) emitidos pela instituição financeira. A notícia gerou volatilidade nas ações da empresa, reflexo da incerteza sobre a recuperação desses ativos. A exposição contábil direta indicada pela Oncoclínicas, no entanto, é de R$ 216 milhões, o que sugere que parte dos investimentos pode ter outras formas de garantia ou estar estruturada de maneira a mitigar o impacto imediato da liquidação. Este valor detalhado é crucial para a avaliação de risco pelos investidores e para as negociações que se seguirão ao processo de liquidação.

A empresa de saúde, cotada na B3 sob o ticker ONCO3, busca ativamente reversão da decisão de liquidação e já informou que pretende adotar as medidas legais cabíveis para proteger seus interesses e reaver os valores aplicados. A administração da Oncoclínicas tem trabalhado em conjunto com consultores financeiros e jurídicos para mapear todas as alternativas e minimizadas as perdas. O foco agora está em garantir que os ativos sejam protegidos e que um plano de pagamento ou recuperação dos valores seja estabelecido o mais breve possível.

O Banco Master, que operava com um modelo de negócios focado em grandes fortunas e investimentos alternativos, entrou em processo de liquidação extrajudicial determinado pelo Banco Central do Brasil. A decisão, fundamentada em indícios de insolvência e má gestão, pegou muitos investidores de surpresa, especialmente aqueles com aplicações significativas. A Oncoclínicas, ao detalhar sua exposição, demonstra transparência, mas também sinaliza a dimensão do desafio que enfrenta para garantir a integridade de seu caixa e planejamento financeiro.

A recuperação dos valores dependerá em grande parte do processo de liquidação do Banco Master e da análise de seus ativos e passivos. A Oncoclínicas reafirma seu compromisso em manter os acionistas e o mercado informados sobre os desdobramentos. A estratégia da companhia envolve não apenas a via judicial, mas também a busca por acordos e a interlocução constante com os órgãos reguladores e o liquidante nomeado, visando um desfecho favorável e que preserve o valor para seus stakeholders.