O velório de Jards Macalé, figura ímpar na música brasileira, foi marcado por uma atmosfera de profunda comoção e reverência. Amigos, familiares e admiradores se reuniram no Rio de Janeiro para se despedir do artista, conhecido por suas composições inovadoras e sua personalidade marcante. Nomes como Caetano Veloso, amigo de longa data e um dos primeiros a registrar sua tristeza, marcaram presença, relembrando a importância de Macalé em suas vidas e na história da MPB, como seu primeiro amigo carioca. A notícia do falecimento do cantor e compositor Jards Macalé, aos 82 anos, repercutiu nacionalmente, gerando uma onda de homenagens em diversas plataformas midiáticas que destacam sua trajetória artística singular e seu legado musical. A carreira de Jards Macalé foi pontuada por uma ousadia criativa que desafiava rótulos e convenções. Suas músicas, frequentemente explorando temáticas existenciais com uma dose de lirismo e melancolia, conquistaram um público fiel e influenciaram gerações de músicos. Ele transitou por diferentes gêneros, absorvendo influências e imprimindo sua marca inconfundível, o que o tornou um artista de difícil classificação, mas de inegável genialidade. O músico, nascido em Minas Gerais, mas radicado no Rio de Janeiro, deixou um acervo significativo de obras que continuam a ecoar a sensibilidade e a inteligência poética. Canções como ‘Mal-Educada’, ‘Rio Passageiro’ e ‘Azul’ são apenas alguns exemplos de seu talento para traduzir sentimentos complexos em melodias e versos memoráveis. Sua obra é um convite à reflexão sobre a vida, a cidade e as relações humanas, sempre com um toque de originalidade e um olhar crítico. O reconhecimento de sua arte transborda para além do reconhecimento crítico, alcançando o coração de ouvintes que se identificam com a profundidade e a autenticidade de sua expressão artística. Sua partida deixa um vazio no cenário musical, mas seu legado perdura, inspirando e emocionando.