Furiosa epidemia de Marburg na Etiópia causa três mortes e alerta global
A Etiópia confirmou oficialmente a ocorrência de uma epidemia do vírus Marburg, uma doença filoviral altamente contagiosa e com alta taxa de letalidade, que já registrou três fatalidades. A confirmação pelas autoridades sanitárias locais acende um sinal vermelho de alerta para a comunidade internacional, dada a semelhança e a letalidade do Marburg com o Ebola, vírus com o qual compartilha a mesma família. Este surto, o primeiro confirmado no país, impulsiona investigações intensivas para rastrear a origem, identificar todos os casos e implementar medidas de contenção urgentes para evitar sua disseminação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências de saúde globais já estão em prontidão, oferecendo suporte técnico e recursos para a Etiópia no combate à epidemia. A doença do vírus Marburg (MVD), como é formalmente conhecida, se manifesta com sintomas semelhantes aos da febre hemorrágica Ebola, incluindo febre alta, dores musculares intensas, diarreia, vômitos e, em casos graves, hemorragias internas e externas. A taxa de mortalidade pode variar entre 24% e 88%, dependendo da cepa do vírus e da capacidade de resposta e tratamento dos sistemas de saúde.
O Marburg é transmitido a partir de animais infectados, como morcegos frugívoros, para humanos, e depois se espalha entre pessoas através do contato direto com fluidos corporais de indivíduos infectados, superfícies contaminadas e materiais como roupas de cama e agulhas, caso os cuidados de higiene não sejam rigorosamente seguidos. A velocidade de transmissão e a gravidade dos sintomas tornam o isolamento rápido e o rastreamento de contatos medidas cruciais na contenção de um surto, além do acesso a cuidados médicos e de suporte.
A Etiópia, assim como outros países da África Oriental, enfrenta desafios contínuos em seus sistemas de saúde, o que pode potencializar o impacto de epidemias como esta. A colaboração internacional, o envio de equipes especializadas, a disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a educação da população sobre as formas de prevenção são passos fundamentais para mitigar a crise e proteger a saúde pública. A vigilância epidemiológica se intensifica para detectar qualquer sinal de propagação para além das áreas de ocorrência confirmada.