A corrida presidencial no Chile entra em sua reta final com José Antonio Kast, da ultradireita, liderando as intenções de voto para o segundo turno contra a candidata de esquerda Jeannette Jara. Uma pesquisa recente aponta uma vantagem de 10 pontos percentuais para Kast, consolidando a polarização que marcou a disputa desde o início. A ascensão de ambos os candidatos para a segunda fase do pleito reflete um cenário político complexo no país, influenciado por questões econômicas, sociais e de segurança que têm mobilizado o eleitorado chileno. A campanha para o segundo turno promete ser intensa, com os candidatos buscando conquistar os eleitores que optaram por outras candidaturas na primeira votação. A força do discurso de Kast, focado em ordem e segurança, e a proposta de Jara de aprofundamento das políticas sociais e igualdade, serão os pilares de suas estratégias para convencer a maioria. A análise do comportamento dos eleitores e a capacidade de cada um de mobilizar suas bases serão cruciais para o resultado final. O resultado surpreendente do primeiro turno, com uma diferença de apenas 3 pontos entre Kast e Jara, já indicava a divisão da sociedade chilena. Essa polarização é um reflexo de anos de debates sobre a Constituição, a desigualdade social e os rumos a serem tomados pelo país. A capacidade de diálogo e a busca por consensos serão desafios importantes para o próximo presidente, independentemente de quem saia vitorioso. A próxima etapa das eleições definirá o futuro de um Chile em ebulição. A disputa entre Kast e Jara representa o embate entre duas visões de país distintas e aprofundadamente divergentes. Enquanto Kast promete um retorno a políticas mais conservadoras e um discurso de ordem, Jara busca a consolidação de um modelo de desenvolvimento com maior inclusão social e foco nos direitos dos cidadãos. O eleitorado chileno agora tem a tarefa de escolher qual caminho seguirá o país nos próximos anos, em um contexto global de incertezas e transformações.