A renomada cartunista Laerte, conhecida por sua obra pioneira na exploração de identidades de gênero e sexualidade, revelou recentemente seu diagnóstico de câncer, trazendo à tona uma questão crucial de saúde para a comunidade trans. Em suas declarações, Laerte destacou um ponto frequentemente negligenciado na discussão sobre saúde trans: a anatomia masculina que pode persistir após a transição de gênero. A cartunista enfatizou a importância de mulheres trans entenderem que, biologicamente, elas possuem a próstata, um órgão que requer acompanhamento médico específico e exames de rastreamento para detecção precoce de doenças como o câncer. Essa conscientização é fundamental para desmistificar e democratizar o acesso a cuidados de saúde adequados, combatendo o estigma e a falta de informação que podem levar a diagnósticos tardios e tratamentos menos eficazes. A declaração de Laerte serve como um chamado urgente para que profissionais de saúde e a própria comunidade trans se aprofundem nesses temas, integrando a atenção à saúde da próstata às discussões sobre o bem-estar de mulheres trans. É um lembrete poderoso de que a saúde não é monolítica e que a vigilância sobre todos os aspectos do corpo é essencial, independentemente da identidade de gênero afirmada. A educação sobre a saúde da próstata para mulheres trans não é apenas uma questão de conhecimento anatômico, mas um componente vital na garantia de uma vida longa e saudável, previne o desenvolvimento de doenças graves e permite que elas desfrutem plenamente de suas vidas, livres do medo e da incerteza relacionados a condições médicas que poderiam ser prevenidas ou tratadas com a devida atenção e informação.