PM Absolvido em Caso Leandro Lo: Júri Desobriga Policial Acusado de Homicídio do Campeão de Jiu-Jítsu
Em uma decisão que gerou amplo debate e repercussão, o policial militar Henrique Velozo foi absolvido pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira, em São Paulo. Velozo era acusado do homicídio do lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, encontrado morto em julho de 2022 após uma suposta discussão em uma casa de shows na Zona Sul da capital paulista. A absolvição aponta para a linha de que a ação do policial não configurou crime doloso contra a vida, liberando o PM da acusação de homicídio.
Leandro Lo, reconhecido mundialmente por suas conquistas no jiu-jítsu, com múltiplos títulos mundiais, tornou-se um símbolo de talento e dedicação ao esporte. Sua morte precoce em circunstâncias violentas chocou o mundo das artes marciais e levantou discussões sobre a segurança pública e o acesso à justiça. A investigação inicial apontou que a vítima teria sido atingida por disparos após um desentendimento com o policial, que estaria embriagado na ocasião.
A defesa de Velozo sustentou durante o julgamento que o policial agiu em legítima defesa, ou que a ação não configurava o dolo necessário para a condenação por homicídio. Por outro lado, a acusação e familiares da vítima buscavam a responsabilização penal do PM, argumentando que a morte de Lo foi um ato desproporcional e injustificado. O júri, composto por cidadãos, analisou as provas apresentadas e testemunhos, culminando na decisão de absolvição, que agora abre caminho para que o caso seja encerrado sem condenação criminal para o réu.
A absolvição de Henrique Velozo levanta novamente o debate sobre a atuação policial em situações de conflito e a complexidade da análise de casos que envolvem legítima defesa e excesso. A comunidade do jiu-jítsu e apoiadores de Leandro Lo expressaram sua decepção com o veredito, enquanto outros ressaltam a importância do veredito do júri e a presunção de inocência até que a culpa seja comprovada. O caso deve continuar a ser discutido em âmbitos sociais e jurídicos, refletindo sobre justiça, segurança e os limites da ação policial e individual.