A Polícia Federal deflagrou a terceira fase da Operação Fake Agents, que mira uma advogada suspeita de aplicar um golpe milionário em jogadores de futebol e técnicos. A investigação aponta que a profissional teria fraudado saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de seus clientes, totalizando um desvio estimado em R$ 7 milhões. A operação busca desarticular a organização criminosa responsável por estas fraudes, que aliciam vítimas e realizam procedimentos fraudulentos para obter acesso indevido aos valores do FGTS.

A advogada em questão é acusada de usar sua posição e conhecimento para manipular os processos de saque do FGTS. A investigação revelou que a suspeita utilizava documentos falsos e informações privilegiadas para efetuar os saques, muitas vezes sem o conhecimento ou consentimento de seus clientes. A Operação Fake Agents tem como objetivo não apenas prender os envolvidos, mas também recuperar os valores desviados e responsabilizar criminalmente os perpetradores.

Entre as vítimas conhecidas que foram atingidas pelo golpe estão nomes de destaque no cenário do futebol brasileiro, como Paolo Guerrero e Gabriel Jesus, além de jogadores como Ramires. A atuação da advogada, que se apresentava como especialista em direito esportivo e financeiro, permitiu que ela ganhasse a confiança de atletas e técnicos, explorando a necessidade ou a falta de conhecimento destes sobre os trâmites legais e financeiros.

As autoridades alertam para a importância de que atletas e profissionais do esporte busquem assessoria jurídica e financeira idônea e desconfiem de propostas com promessas de ganhos fáceis ou soluções rápidas. A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema, bem como para mapear a extensão total do prejuízo causado pelas fraudes, reiterando a necessidade de vigilância e cautela para evitar cair em golpes semelhantes.