A mais recente pesquisa de opinião pública realizada pela Quaest aponta um freio na trajetória de melhora da aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O levantamento indica que a Operação Polícia Federal, deflagrada recentemente contra um aliado do governo, gerou um impacto negativo na percepção pública, resultando na interrupção de uma sequência de aumento na aprovação. Este dado é considerado preocupante para a base aliada e um trunfo para a oposição, que pode capitalizar em cima dessa instabilidade. A nova pesquisa mostra um cenário de virada na tendência observada nos meses anteriores, sinalizando a complexidade da atual conjuntura política brasileira. A Operação em si, embora não tenha derrubado diretamente o presidente, parece ter influenciado a forma como parte do eleitorado enxerga a gestão federal e seus desdobramentos. A narrativa construída por setores da direita tende a associar o governo a escândalos, e este episódio recente pode reforçar esse discurso, dificultando a articulação política e a pacificação social que o Planalto almeja. A intervenção da Polícia Federal, embora com foco pontual, reverbera em todo o espectro político e na confiança da população nas instituições e na classe política em geral. No entanto, para além do impacto imediato, é preciso analisar se essa desaprovação terá caráter duradouro ou se será superada com o tempo e com ações do governo para mitigar os efeitos dessa crise de imagem. A imprensa tem repercutido amplamente tanto a operação policial quanto os resultados da pesquisa, cada um sob sua ótica, evidenciando a polarização e o escrutínio constante sobre as ações do poder executivo. A repercussão midiática e as análises políticas divergem em pontos cruciais, mostrando que o cenário ainda é fluido e sujeito a novas reviravoltas e interpretações, o que torna o acompanhamento das próximas pesquisas e desdobramentos ainda mais relevante para entender a dinâmica do eleitorado. A desaprovação do governo Lula, que já vinha crescendo em pesquisas anteriores, agora aponta um pico significativo, retomando um patamar preocupante para a equipe comandada pelo presidente. Essa mudança de rumo, após algumas semanas de otimismo com a consolidação da popularidade do governo, demonstra a fragilidade da confiança pública e a velocidade com que a opinião pode ser alterada diante de eventos externos, especialmente quando estes tocam em temas sensíveis como corrupção e a atuação das forças de segurança pública no país. A estratégia do governo de atribuir a paralisação em parte das obras do programa de infraestrutura a questões burocráticas e de gestão, em vez de culpar diretamente a gestão anterior, parecia estar surtindo efeito em termos de aprovação e agora pode sofrer reveses, forçando uma reavaliação de suas táticas de comunicação e de gestão de crise para evitar um desgaste maior da imagem presidencial e ministerial.