Três tornados atingem o Paraná com ventos de até 330 km/h e causam destruição
O Paraná foi severamente impactado por um fenômeno meteorológico de grande magnitude: a passagem de três tornados que registraram ventos de até 330 km/h. As cidades de Rio Bonito do Iguaçu e outras na região oeste do estado sentiram a força devastadora das rajadas, que deixaram um rastro de destruição em residências, comércios e infraestrutura. As câmeras de segurança registraram o exato momento em que os tornados cruzaram áreas urbanas, evidenciando a velocidade e a violência dos ventos, que provocaram o destelhamento de casas, a queda de árvores e de postes de energia, e espalharam destroços por quilômetros. As imagens de satélite que comparam o antes e o depois das áreas atingidas revelam a dimensão do estrago, com paisagens radicalmente alteradas pela fúria da natureza. A força dos tornados, classificados como F2 e F3 em algumas áreas, é uma característica rara para a região, que geralmente experimenta eventos climáticos menos extremos, embora o sul do Brasil esteja mais suscetível a tempestades severas. Pesquisas indicam que a combinação de umidade elevada, ar quente e instabilidade atmosférica são fatores cruciais para a formação desses fenômenos, que podem ser intensificados pelas mudanças climáticas em curso, embora essa correlação precise de estudos mais aprofundados. A rápida formação e deslocamento desses tornados dificultou a emissão de alertas prévios, aumentando o grau de surpresa e vulnerabilidade da população. A Defesa Civil e as equipes de resgate trabalharam incansavelmente para prestar socorro às vítimas, desobstruir vias e restabelecer os serviços essenciais, como energia elétrica e comunicação, que foram amplamente interrompidos em decorrência dos danos na rede de distribuição. A atuação coordenada entre os governos estadual e municipais tem sido fundamental para minimizar os impactos imediatos, com o governo estadual já anunciando a construção emergencial de 320 casas em Rio Bonito do Iguaçu para abrigar as famílias que perderam suas moradias. A preocupação com a reconstrução das cidades e a retomada da economia local são agora as prioridades, com comerciantes vivendo um período de incerteza quanto à reabertura de seus negócios e à reposição de estoques e equipamentos danificados. A resiliência da comunidade paranaense será testada neste momento de reconstrução, com um forte apelo por solidariedade e apoio mútuo para superar esta adversidade climática incomum e severa. A comunidade científica acompanha os eventos para entender melhor a dinâmica dos tornados no sul do Brasil e a possível influência das alterações climáticas globais, visando aprimorar os sistemas de previsão e alerta para eventos extremos no futuro.