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COP30 em Belém: Desafios e Críticas Marçam o Início da Conferência

Menos de um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, a situação dos pavilhões e infraestruturas destinadas a receber os participantes é alarmante. Relatos indicam que muitas estruturas ainda estão inacabadas, gerando um sentimento de constrangimento e preocupação com a capacidade de realização do evento. Atrasos na construção e na finalização dos espaços podem comprometer o andamento das discussões e a imagem do Brasil como anfitrião, especialmente considerando o escrutínio internacional sobre a pauta climática e a necessidade de exemplos práticos de sustentabilidade. A urgência em finalizar os preparativos contrasta com a magnitude dos desafios climáticos que serão debatidos.
O pedido da ONU aos participantes para que se adaptassem às condições encontradas, em vez de adiar o evento, sinaliza a gravidade da situação de organização. Essa solicitação, embora compreensível diante da proximidade do início, expõe as dificuldades logísticas e de planejamento enfrentadas. A contratação de bilhões em ar-condicionado para Manaus, um gasto considerável, levanta questões sobre as prioridades de investimento e a eficácia dos recursos aplicados. A busca por soluções de conforto térmico em uma região de clima quente, por um lado, é compreensível, mas por outro, o montante envolvido e o contexto de infraestrutura precária em Belém para a COP exigem uma análise crítica sobre a alocação de verbas e o foco em sustentabilidade real.
O cenário de falta d’água nos banheiros logo no primeiro dia de atividades, mesmo antes da plenária principal, é um indicador gritante de falhas operacionais básicas. Um evento de grande porte como a COP, que reúne líderes mundiais e especialistas em meio ambiente, deveria ter no mínimo garantido serviços essenciais de saneamento. Essa falha básica mina a credibilidade do evento e levanta sérias dúvidas sobre a gestão e a capacidade de execução das responsabilidades pela organização. A antecipação de problemas tão fundamentais gera apreensão sobre a continuidade e o nível de organização durante todo o período da conferência.
A Cúpula de Líderes, parte integrante da COP30, já enfrentou problemas como a falta d’água e estruturas inacabadas, expondo uma realidade preocupante. Esses contratempos não apenas afetam a experiência dos delegados, mas também podem influenciar o tom e a produtividade das negociações climáticas. A complexidade de sediar um evento com a dimensão da COP exige um planejamento meticuloso e uma execução impecável, fatores que parecem ter sido subestimados. A construção de uma narrativa sustentável para o futuro do planeta começa com a demonstração de capacidade e responsabilidade na organização de fóruns como este.