O ex-presidente Jair Bolsonaro encontra-se em um momento de profunda fragilidade política e pessoal, com a iminência de uma possível prisão e o consequente distanciamento de seus aliados. Relatos indicam que o ex-chefe do executivo está isolado e que pedidos de visita em seu favor caíram drasticamente, um reflexo do receio de muitos em se associarem a uma figura cada vez mais cercada por investigações e controvérsias. Essa situação de isolamento, somada à falta de apoio público, agrava o cenário para Bolsonaro, que vê seu círculo de influência encolher à medida que a pressão jurídica aumenta. Diversos veículos de comunicação têm noticiado a queda de 74% nos pedidos de visita ao ex-presidente, o que também pode ser interpretado como um sinal de que muitos de seus antigos defensores optaram por manter distância, possivelmente para proteger suas próprias carreiras políticas. O afastamento de aliados é um sintoma claro de como a situação legal e política de Bolsonaro se deteriorou, levando muitos a reavaliar o custo-benefício de manterem laços próximos. A falta de uma estratégia de defesa clara e a ausência de manifestações públicas contundentes por parte de Bolsonaro também contribuem para esse sentimento de abandono entre seus apoiadores mais próximos. Paralelamente ao desenrolar de sua situação jurídica, a saúde do ex-presidente tem sido um ponto de atenção. Deputados do Distrito Federal chegaram a solicitar exames médicos para todos os presos, após a polêmica em torno das condições e avaliações de saúde de Bolsonaro. O Governo do Distrito Federal também avalia a estrutura de alas para recebê-lo na Papuda, mostrando uma preocupação detalhada com sua condição médica. Essa preocupação com seu bem-estar físico pode ser resultado de preocupações genuínas, mas também pode ser vista como parte de uma estratégia para mitigar potenciais cứngores em seu caso ou até mesmo para justificar um tratamento diferenciado. A observação atenta de sua saúde pela administração penitenciária federal e distrital indica que qualquer eventual internação ou necessidade de cuidados especiais pode ter implicações significativas no andamento de eventuais processos. A tendência de afastamento de aliados, somada às preocupações com sua saúde, configura um quadro complexo para Jair Bolsonaro. A ausência de um discurso unificador e a multiplicação de investigações, algumas envolvendo seus filhos, têm levado muitos de seus antigos companheiros de jornada a buscar um distanciamento estratégico, visando preservar suas próprias posições. A queda expressiva nos pedidos de visita é um dado palpável dessa nova realidade, onde a proximidade com o ex-presidente pode se tornar um ônus político considerável. A incerteza sobre seu futuro legal e a deterioração de sua base de apoio indicam um período de grande desafio pela frente para a figura central da política brasileira nos últimos anos. Esse cenário de isolamento político e preocupação com a saúde de Bolsonaro abre uma série de interrogações sobre os próximos passos. A pressão por uma quebra de silêncio e um controle mais ostensivo sobre seus filhos, como sugerido por alguns aliados, pode ser uma tentativa de reverter a narrativa e demonstrar um mínimo de controle sobre os acontecimentos. No entanto, a efetividade de tais medidas em um contexto tão adverso é incerta. A comunidade política observa atentamente os desdobramentos, com muitos já trilhando um caminho de distanciamento, enquanto outros aguardam para ver como a situação se resolverá, com ou sem a presença de Bolsonaro no centro do debate público. A saúde, neste momento, ascende como um fator ainda mais crucial, podendo influenciar o curso dos acontecimentos de maneiras imprevisíveis.