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Cláudio Castro rebate Alexandre Padilha e o chama de paspalhão após crítica sobre operação no Rio

A troca de farpas entre o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, escalou após o ministro criticar a abordagem do governo estadual em relação à violência e operações policiais. Padilha acusou Castro de fazer “demagogia com sangue”, utilizando a tragédia para fins eleitorais em benefício de possíveis candidaturas ligadas ao ex-presidente Lula. Essa declaração gerou uma reação imediata e veemente por parte do governador fluminense. Cláudio Castro rebateu Padilha chamando-o de “paspalhão”, um termo depreciativo que denota desdenho e falta de seriedade, e defendeu as ações de seu governo no combate à criminalidade. Para Castro, a prioridade é garantir a segurança da população carioca, e que estratégias para isso não podem ser cooptadas por narrativas políticas partidárias. A operação em questão, que resultou em diversas mortes, foi defendida pelo governador como uma ação necessária para desmantelar a estrutura do narcotráfico no estado. O governador refutou a ideia de demagogia, argumentando que a responsabilidade de seu cargo o obriga a agir contra o crime, independentemente de repercussões políticas. Ele destacou que o comando do narcotráfico não se limita a áreas de conflito como o Complexo do Alemão, mas está intrinsecamente ligado a atividades financeiras e de lazer, como empresas de tecnologia financeira e apostas, para onde, segundo ele, os recursos do crime são desviados. A menção a fintechs e apostas busca contextualizar a complexidade do combate ao crime organizado, apontando que a atuação policial precisa ir além das apreensões físicas de drogas e armas, alcançando as fontes de financiamento e lavagem de dinheiro. Essa visão expandida do combate ao crime é um ponto crucial na estratégia de segurança pública implementada no Rio de Janeiro, visando desarticular não apenas a atuação direta dos traficantes, mas também sua capacidade econômica. A polêmica se insere em um contexto de acirramento político pré-eleitoral, onde a segurança pública no Rio de Janeiro, historicamente complexa, volta a ser um campo de batalha discursivo para diferentes espectros políticos, cada um buscando impor sua narrativa e responsabilidade no cenário nacional.