O ex-presidente Donald Trump anunciou recentemente que os Estados Unidos não enviarão representantes para a cúpula do G20, que seria realizada na África do Sul. A justificativa apresentada por Trump para o boicote é a alegação de que o país africano estaria promovendo um “genocídio de brancos”. Essa declaração surge em um contexto de crescentes tensões políticas e sociais tanto nos Estados Unidos quanto em nível global, onde discursos polarizadores frequentemente ganham destaque. A África do Sul, um país com um histórico complexo de relações raciais desde o fim do apartheid em 1994, tem enfrentado desafios para consolidar a igualdade e a justiça social, mas a alegação de um genocídio sistemático contra a população branca não encontra respaldo nas análises de organizações de direitos humanos internacionais e no governo sul-africano. A retórica de Trump parece ecoar preocupações levantadas por alguns grupos de direita nos EUA e em outros países ocidentais sobre a situação de fazendeiros brancos na África do Sul, que relatam incidentes de violência e expropriação de terras. No entanto, especialistas apontam que a violência rural é um problema multifacetado na África do Sul, afetando diversas comunidades e não se limitando a um grupo racial específico. A decisão de boicotar um evento internacional de grande relevância como o G20, com base nessas alegações, pode ter implicações significativas para as relações diplomáticas entre os EUA e a África do Sul, além de impactar a agenda global do grupo em temas cruciais como economia, sustentabilidade e segurança internacional. A comunidade internacional observa atentamente as consequências desta declaração e espera por um posicionamento mais claro e baseado em fatos pela liderança americana.