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Nubank demite 12 funcionários após protesto contra volta ao escritório

O Nubank, conhecido por sua cultura inovadora e foco no trabalho remoto, demitiu 12 funcionários após um incidente ocorrido durante uma reunião virtual com a participação do CEO. A confusão teria se iniciado devido à insatisfação dos colaboradores com a notícia da transição para um modelo de trabalho híbrido, com retorno parcial ao escritório previsto para 2026. Essa decisão, comunicada aos funcionários, gerou grande repercussão interna e culminou na demissão em massa após um protesto expresso durante o evento online. A notícia gerou um debate acalorado nas redes sociais e entre especialistas em gestão de pessoas sobre os limites da liberdade de expressão no ambiente corporativo e a importância do diálogo na gestão de mudanças organizacionais. A empresa, que até então era vista como um modelo de flexibilidade, agora enfrenta o desafio de reconstruir a confiança com sua equipe e gerenciar a percepção pública sobre suas práticas trabalhistas. Segundo relatos de funcionários, a reunião em questão contava com a presença de diversas lideranças da empresa, incluindo o CEO David Vélez. As demissões ocorreram logo após o término da conferência, o que levantou questionamentos sobre a proporcionalidade da medida e a forma como a empresa lidou com a manifestação de seus colaboradores. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região já manifestou preocupação com a situação e prometeu ampliar a escuta junto aos trabalhadores do Nubank para garantir seus direitos e buscar um processo de transição mais justo e transparente para o modelo híbrido. A cobrança por garantias na adaptação ao novo regime de trabalho é um ponto central da atuação sindical neste momento, visando proteger os empregos e as condições de trabalho dos bancários. O caso ganha contornos ainda mais complexos ao considerar a percepção anterior do Nubank como um empregador de ponta, que valorizava a autonomia e o bem-estar de seus funcionários através do trabalho remoto. A mudança para um modelo híbrido, embora comum em muitas empresas que buscam equilibrar flexibilidade com colaboração presencial, parece ter sido conduzida de forma a gerar atritos significativos. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre as demissões, mas o episódio levanta discussões sobre a importância de estratégias de comunicação eficientes e participativas na gestão de crises e na implementação de novas políticas corporativas, especialmente em momentos de transição que afetam diretamente a rotina e o dia a dia dos colaboradores. Espera-se que o Nubank reveja sua abordagem para garantir um ambiente de trabalho mais coeso e confiante no futuro.