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Beber cerveja pode aumentar a queda de cabelo? Entenda a ciência por trás do mito

A crença popular de que beber cerveja causa queda de cabelo é antiga, mas carece de comprovação científica robusta. Recentemente, novas pesquisas têm se aprofundado na tentativa de entender essa possível relação, analisando os componentes da cerveja e seus efeitos no organismo, especialmente no ciclo de vida dos folículos capilares. A cerveja, uma bebida fermentada, contém diversos ingredientes como cevada, lúpulo, água e leveduras, cada um com suas propriedades e compostos bioativos. Alguns desses componentes, como o álcool e certos hormônios derivados de agrotóxicos presentes em grãos não orgânicos, teoricamente poderiam influenciar o equilíbrio hormonal ou a saúde geral do couro cabeludo, fatores conhecidos por impactar o crescimento capilar. É importante notar que a calvície, ou alopecia androgenética, é multifatorial, sendo a predisposição genética e a ação do hormônio di-hidrotestosterona (DHT) os principais vilões. No entanto, o estresse oxidativo e deficiências nutricionais, que podem ser agravados por um consumo excessivo e desequilibrado de álcool, também desempenham um papel secundário. O estudo em questão busca justamente correlacionar a frequência e a quantidade de consumo de cerveja com sinais de afinamento capilar ou perda acentuada, controlando outras variáveis como dieta, estresse e histórico familiar. Por exemplo, um consumo moderado de cerveja, que contém certos antioxidantes do lúpulo, poderia até ter efeitos neutros ou, em tese, benéficos em algumas circunstâncias, se bem que o foco da pesquisa é o potencial negativo. A complexidade da interação entre dieta, estilo de vida e saúde capilar exige uma análise cuidadosa para separar fatos de mitos, e os novos estudos buscam oferecer respostas mais claras com base em metodologias científicas sólidas, evitando generalizações impulsivas sobre o impacto de bebidas específicas no nosso bem-estar capilar.