A Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal, mira uma complexa esquema de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis que teria sido orquestrado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. A ação resultou no fechamento de 49 postos de combustíveis nos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, sob suspeita de integrarem a rede criminosa. Segundo as investigações, a Faria Lima, centro financeiro do país, teria se tornado um dos destinos para a reciclagem do dinheiro obtido ilicitamente pela facção, evidenciando uma preocupante conexão entre o crime organizado e setores financeiros aparentemente legítimos. A participação de figuras proeminentes, como um homem de confiança do senador Ciro Nogueira, sugere um nível de sofisticação e alcance da organização que vai além do que se imaginava inicialmente. A atuação do PCC na construção de distribuidoras para facilitar a adulteração de combustíveis demonstra a estratégia da facção em diversificar suas fontes de renda e consolidar seu poder econômico através de atividades ilícitas de grande escala.