A sanção presidencial que estabelece Belém como capital provisória do Brasil durante a COP30, em meio a preocupações com a atuação de facções criminosas como o Comando Vermelho, lança luz sobre a intrincada relação entre grandes eventos internacionais e a realidade social e de segurança dos locais anfitriões. A notícia sobre o domínio de facções do Rio de Janeiro na capital paraense, destacada pela BBC, aponta para um desafio significativo na gestão da ordem pública e na imagem que o Brasil projetará para o mundo. A escolha de Belém para sediar a Conferência das Partes (COP) da ONU sobre Mudanças Climáticas é, sem dúvida, uma oportunidade histórica para o Pará e para o Brasil discutirem soluções para a crise climática e apresentarem o potencial da Amazônia. No entanto, a presença consolidada de organizações criminosas em áreas urbanas da cidade pode desviar o foco das discussões ambientais e gerar insegurança para os delegados e participantes. A infraestrutura da cidade, as questões sociais subjacentes e a capacidade de resposta das forças de segurança são elementos cruciais a serem considerados neste contexto, exigindo um planejamento integrado e robusto para mitigar quaisquer riscos. O fato de mais de 160 delegações já terem confirmado presença, conforme anunciado pelo ministro Celso Sabino, reforça a importância diplomática do evento e a necessidade de garantir um ambiente seguro e produtivo para todos. O papel das Nações Unidas em crise, as tarifas impostas e os dados climáticos alarmantes mencionados pelo Estadão criam um pano de fundo global desafiador para a COP30, tornando a capacidade do Brasil de sediar um evento deste porte, com segurança e eficiência, ainda mais crucial. A transferência simbólica da capital, sob a égide de um evento global focado no futuro do planeta, contrasta fortemente com a necessidade imediata de lidar com questões internas de segurança e infraestrutura, como a expansão do Comando Vermelho, que se tornou um foco de atenção. A CartaCapital ao pontuar as diversas tensões globais e locais, e a BBC ao detalhar como uma facção do Rio de Janeiro se instalou em Belém, enfatizam a urgência de um plano de segurança abrangente e eficaz que vá além da mera presença policial, buscando também ações sociais e de inteligência para desmobilizar o poder dessas organizações e garantir o sucesso da COP30 e a tranquilidade para os cidadãos de Belém e de todo o país, além de transmitir uma imagem de solidez para os convidados internacionais, mostrando que o Brasil é capaz de gerenciar tanto as crises ambientais quanto os desafios de ordem pública que emergem de forma dramática em contextos de grande visibilidade.