O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou publicamente sua convicção de que a taxa básica de juros, a Selic, deve ser reduzida, mesmo diante da resistência expressada por representantes do setor bancário. Haddad argumenta que a trajetória decrescente da inflação no país, juntamente com outros indicadores econômicos favoráveis, justifica e demanda tal ação. A pressão dos bancos, que argumentam sobre os riscos de cortes prematuros ou excessivos, não parece deter a determinação do Ministério da Fazenda em promover uma política monetária mais expansionista quando as condições permitirem.

Em suas declarações, divulgadas por veículos como Poder360 e UOL Economia, Haddad enfatiza que a queda dos juros é um passo necessário para estimular a economia brasileira. A relação entre a política monetária e o crescimento econômico é um ponto central na discussão. Juros mais baixos tendem a tornar o crédito mais acessível para empresas e consumidores, o que pode impulsionar o investimento e o consumo, elementos cruciais para a retomada do dinamismo econômico.

Adicionalmente, o Ministro da Fazenda projetou um cenário fiscal positivo para o ano de 2026, afirmando que o Brasil entrará nesse período com um resultado primário considerado o melhor dos últimos quatro anos. Essa projeção é sustentada pela decisão firme do governo em estabelecer e cumprir as metas de resultado primário, conforme noticiado pelo G1 e Estadão. O resultado primário refere-se à economia gerada pelo governo para pagar os juros da dívida pública, sendo um indicador chave da saúde fiscal do país.

O cumprimento dessas metas fiscais, aliado à queda da inflação, cria o espaço necessário para que o Banco Central possa efetuar cortes na taxa Selic sem comprometer a estabilidade econômica a médio e longo prazo. A articulação entre a política fiscal e a política monetária é fundamental para a construção de um ambiente macroeconômico sólido e previsível, essencial para atrair investimentos e gerar empregos.