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Lula visita comunidade quilombola e aldeia indígena no Pará em agendas pré-COP30

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou a semana no Pará com uma série de visitas a comunidades tradicionais, em um contexto que antecede a realização da COP30 em Belém. Em uma comunidade quilombola, Lula participou de atividades culturais, incluindo a debulha de açaí, e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, demonstrou seu apreço pela cultura local dançando carimbó. Essa imersão em comunidades tradicionais reforça o discurso do governo em relação à valorização dos povos originários e das comunidades historicamente estabelecidas na região amazônica, alinhando-se às pautas ambientais e sociais que serão debatidas na conferência climática. A visita a uma aldeia indígena também marcou a agenda, onde o presidente fez promessas de expansão de energia para aproximadamente 4,3 mil famílias, demonstrando um compromisso com a melhoria da infraestrutura e qualidade de vida dessas populações, muitas vezes isoladas e com acesso limitado a serviços básicos. Em suas falas, Lula destacou que a comunidade internacional não pode apenas exigir que o Brasil mantenha a floresta em pé, mas precisa contribuir ativamente com recursos e apoio para que essa preservação seja sustentável e viável. A declaração aponta para a necessidade de políticas globais que reconheçam os custos da conservação e ofereçam compensações justas para os países que abrigam biomas cruciais para o clima mundial, além de financiar as transações necessárias para garantir a proteção dessas áreas e o bem-estar de seus habitantes. A estadia em Belém e as agendas que a precedem demonstram a estratégia do governo em utilizar a COP30 como plataforma para reafirmar seu compromisso com a Amazônia e pressionar por ações concretas em nível internacional, buscando equilibrar as demandas econômicas com a urgência ambiental e os direitos das comunidades locais, consolidando a região como centro das discussões sobre o futuro do planeta.